A liderança da base do Governo na Assembleia continua articulando um consenso para a votação do projeto que destina R$ 800 milhões para a CELG-D, responsável pela distribuição de energia elétrica no estado. Ao menos três emendas foram apresentadas à matéria e uma delas, assinadas por todos os deputados de oposição deve ser acatada pelo Estado para facilitar a aprovação do texto.

O empréstimo total da Caixa Econômica Federal à CELG-Participações foi aprovado em dezembro e tem valor de R$ 1,9 bilhão. A intenção desta mudança é redistribuir o recurso na Companhia e possibilitar investimentos na rede de distribuição do Estado. A emenda da oposição busca exatamente garantir, textualmente, que a verba será gasta para obras de manutenção e ampliação do serviço.

O líder da base governista, Fábio Sousa (PSDB), avalia que as propostas ainda são analisadas, inclusive pelo Governo. “Apresentaram várias emendas. Houve uma emenda coletiva capitaneada pelo Bruno Peixoto (PMDB) e assinada pela maioria dos deputados de oposição, que alguns deputados de situação entende que ela é interessante. Também houve uma emenda do Karlos Cabral (PT) e do Simeyzon Silveira (PSC). Nós vamos analisar se há probabilidade de a gente aceitar essas emendas e votar em conjunto,” diz.

O deputado Bruno Peixoto (PMDB) explica o que pretende com a emenda apresentada e que são boas possibilidade de um consenso sobre esta questão com os deputados da base do Governo. “Nós estamos com inúmeras dificuldades de ampliação de indústria, porque não há uma captação e investimento na distribuição de energia. Nós apresentamos uma emenda substituindo a palavra outros, no artigo I por investimentos e ampliações,” afirma.

O pemedebista acredita que contará com o apoio da base aliada para a acatação da emenda.

Por outro lado, a bancada petista deve votar de forma contrária ao projeto, mesmo que a emenda da oposição seja aceita. Segundo o deputado Luís Cesar Bueno (PT), a alteração não resolveria a ilegalidade da matéria. “Nós vamos pedir a rejeição do projeto. É ilegal. Porque o avalista, que no caso é a Eletrobras, e o governo da presidenta Dilma, precisa saber das alterações na lei inicial. O governo não pode unilateralmente, sem ouvir as partes, tomar uma decisão dessa,” aponta.

Ao fim dos trabalhos desta quarta-feira, foi feito um pedido coletivo de vistas ao projeto relativo aos recursos da CELG. A matéria volta à pauta da Comissão Mista na tarde desta quinta-feira, na sequência das sessões em autoconvocação.