Sagres em OFF
Rubens Salomão

Bolsonaristas insistem em bancar propaganda antecipada para Bolsonaro e Vitor Hugo

Mais do que as placas com manifestações favoráveis a Jair Bolsonaro, instaladas por associações e sindicatos rurais pelo interior do estado, os apoiadores do presidente passaram a bancar, de forma insistente, estruturas de propaganda eleitoral ilegal e antecipada em Goiânia. A ação de empresários, que se mantêm no anonimato, ocorre com o financiamento de outdoors em pontos periféricos da Capital, com foto e texto que antecipam o processo eleitoral de outubro e suporte à pré-candidatura do deputado federal Major Vitor Hugo (PSL) ao governo estadual.

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Um deles foi flagrado pelo promotor Haroldo Caetano, que atua na 133ª Zona Eleitoral, que, mesmo de férias, postou foto nas redes sociais com a conclusão de que se tratava de “propaganda eleitoral ilegal e antecipada”. O promotor apontou ainda que os integrantes do grupo, que se auto denomina “Patriotas voluntários”, seriam responsabilizados. O outdoor em questão, na Avenida Mambaí, no Residencial Clea Borges, foi logo derrubado, no dia seguinte à postagem, por ação da Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA), já que se tratava de estrutura clandestina e sem autorização do órgão.

Foto: Outdoor já derrubado pela AMMA, na Avenida Mambaí, em Goiânia. (Crédito: Reprodução)

Só que este não era o único outdoor ilegal instalada pelo grupo de bolsonaristas na cidade. Outro segue de pé na Rua Prof. Alfredo de Castro, na região do Parque das Laranjeiras. E há ainda relatos de propagandas idênticas no Parque Amazônia e à beira da GO-020, próximo ao autódromo de Goiânia. Com os novos flagrantes, o promotor Haroldo Caetano ressaltou que a cidade tem nove zonas eleitorais e que as propagandas eleitorais antecipadas ou ilegais devem ser denunciadas ao Ministério Público Eleitoral pelo mpgo.mp.br/denuncia. A foto postada nesta edição já foi enviada ao MP.

Foto: Outdoor ainda de pé no Parque das Laranjeiras. (Crédito: Samuel Straioto/SagresOn)

Data marcada

O ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), definiu a data de sua saída do governo João Doria (PSDB). O anapolino anunciou que vai deixar a Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo no final de fevereiro.

De cabeça

O desembarque, para seguir seu plano de concorrer ao Senado por Goiás, acontece cerca de um mês antes do prazo de desincompatibilização do cargo público estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral. Ele continua, no entanto, no grupo responsável pela coordenação da campanha presidencial de Doria.

Henrique Meirelles em reunião no seu apartamento no Castro’s Hotel. (Crédito: Leo Iran/Divulgação)

Orçamento

Sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro na sexta-feira, o Orçamento de 2022 prevê um déficit primário de R$ 79,3 bilhões, abaixo das estimativas iniciais do governo (R$ 170,5 bilhões). Também há a previsão de destinar R$ 89,1 bilhões para o Auxílio Brasil, novo programa social que substituiu o Bolsa Família.

Antecipado

A projeção do resultado primário inferior ao previsto anteriormente decorre do aumento da estimativa de receitas primárias realizadas pelo Congresso. As informações constam de nota divulgada na noite deste domingo pela Secretaria-Geral da Presidência da República. O texto integral da peça orçamentária será publicado nesta segunda-feira em edição do “Diário Oficial da União”.

Previsão

O Orçamento também prevê valor total das despesas em R$ 4,7 trilhões, sendo R$ 1,9 trilhão referente ao refinanciamento da dívida pública. A previsão do teto de gastos da União considerada na peça orçamentária é de R$ 1,7 trilhão.

Servidores

O presidente deve manter no Orçamento de 2022 a previsão de destinar R$ 1,7 bilhão para que sejam concedidos reajustes aos servidores públicos federais. A expectativa, porém, é que o tema não seja enfrentado imediatamente por Bolsonaro e que fique na “geladeira” até que se consiga chegar a uma composição que contemple tanto profissionais ligados à segurança pública como servidores de outras carreiras.

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