Após uma tarde tumultuada na Assembleia Legislativa de Goiás, resultando na invasão de agropecuaristas no plenário da Casa, interlocutores do governo e membros da base aliada tentam conter os ânimos para garantir a conclusão da tramitação do projeto. A matéria está apta para ser analisada em segunda votação. Sessão híbrida e sem a presença de público está marcada para esta quarta-feira às 15 horas.
Logo após o encerramento da sessão, deputados e integrantes do Executivo começaram as tratativas para aprofundar o diálogo e tentar de alguma forma minimizar o desgaste. A preocupação é que a insurgência de alguns parlamentares possa se alastrar e prejudicar as votações de outros projetos que ainda tramitarão neste ano, entre eles o da Reforma Administrativa.
“Deputado não pode ficar com pés em duas canoas”, disse um parlamentar à coluna. “Ou está com o governo, ou não está, senão daqui a pouco cada um fica observando seus interesses pessoais e a base sai prejudicada”, completou um deputado. O parlamentar que preferiu não se identificar disse que tem colaborado para não superdimensionar animosidades.
Solicitação
Chamou atenção o fato do presidente da Alego, Lissauer Vieira (PSD) ter solicitado a saída do presidente da Goinfra, Pedro Sales, do plenário da Casa. “Quero solicitar em que pese ser o presidente da Goinfra, mas aqui é lugar de deputado. Vossa excelência, por favor fique lá!”, destacou Lissauer a Pedro Sales.
Tumulto
A invasão ocorreu após os parlamentares rejeitarem o requerimento apresentado pelo deputado estadual Eduardo Prado (PL), que pedia a retirada dos projetos da pauta do dia. A taxa do agro, como o projeto ficou conhecido, será de no máximo 1,65% sobre produtos agropecuários produzidos.
Vandalismo
Durante a invasão, os agropecuaristas quebraram vidros da galeria, de onde assistiam a sessão plenária. “Cenas como estas mancham a imagem do Estado em âmbito nacional. A violência não pode superar a institucionalidade, em nenhuma circunstância”, se manifestou o governo estadual, por meio de nota.
Simetria
O governo do Paraná Ratinho Júnior (PSD) enviou a Assembleia Legislativa projetos de lei que incluem novas frentes de tributação sobre o agro, semelhante aos que estão sendo votados em Goiás. O governador defende a criação de um Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Logística do Estado (FDI-PR).
Educação
O Conselho Municipal de Educação de Anápolis aprovou estratégia da prefeitura para repor atividades escolares nos dias de jogos do Brasil durante a Copa do Mundo. Quando o início for as 12 horas no horário de Brasília, as aulas serão realizadas até as 11 horas no período matutino, à tarde os alunos estarão liberados e no período noturno haverá aula normal. Já quando as partidas tiverem início às 13 horas, pela manhã e à noite haverá aula normalmente, a tarde não haverá aula e, por fim, quando os jogos começarem às 16 horas, os alunos do matutino e noturno terão aula regulamente os alunos do vespertino estarão em sala de aula até as 15 horas.
Compensação
Os alunos torcerão pelo Brasil, mas não ficarão sem atividades. De acordo com o Conselho, a reposição das aulas para os estudantes ocorrerá por meio da Rede Municipal, através do programa Educa Anápolis. Os alunos terão atividades a serem realizadas em casa com conteúdos multimídia e simulados. Haverá conexão com os temas debatidos em sala de aula com a Copa do Mundo. A participação online além de interação e conhecimento também contará como frequência escolar.
Enel
Depois de vender para a Empresa Equatorial a antiga Celg D, a italiana Enel decidiu sair também do mercado do Ceará, para concentrar suas operações em distribuição de energia em São Paulo e no Rio de Janeiro. A estratégia da Enel agora prevê um reposicionamento geográfico de negócios, com um plano de venda de ativos de 21 bilhões de euros (R$ 115 bilhões).
Fornecimento
Bom lembrar que em Goiás, a Enel vem lutando com problemas de qualidade no fornecimento de energia. A empresa anunciou em setembro a venda para a Equatorial em R$ 1,6 bilhão, além da transferência de R$ 5,7 bilhões em dívidas. A expectativa da companhia é completar seu plano de venda de ativos até o fim de 2023. A empresa pretende sair da operação em países como: Romênia, Peru e Argentina.
Transição
A deputada federal eleita, Adriana Accorsi (PT) foi confirmada pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PT) como integrante na equipe de transição do novo governo federal, na área de Justiça e Segurança Pública. Além da deputada estadual, outras goianas também integram a equipe de transição de Lula: Ieda Leal, no grupo de Igualdade Racial; Ludhmilla Hajjar, na Saúde; Nádia Garcia, na Juventude; Aava Santiago, Mulheres; e Maria Luiza Moura, no subgrupo de Infância, nos Direitos Humanos.
Confiança
“Estou muito feliz em ter meu nome escolhido para compor a Equipe de Transição na Comissão de Justiça e Segurança Pública. Estou preparada e muito grata pela confiança no meu trabalho, e na minha longa trajetória na área”, destacou a deputada em mensagem nas redes sociais.