A paulista Gisely Costa, e a goiana Adria de Jesus, exibem medalhas conquistas nos últimos anos com a Seleção Brasileira Feminina de Vôlei Sentado (Foto: Rafael Bessa)
A Seleção Brasileira Feminina de Vôlei Sentado realiza uma série de amistosos em Goiânia neste mês de dezembro, já visando a próxima temporada, que inclui os Jogos Paralímpico de Tóquio 2010.
Destaque no bloqueio, a central Adria de Jesus é uma das cinco atletas goianas na Seleção Brasileira. Com a conquista da classificação para as Paralimpíadas de Tóquio 2020, o objetivo é chegar ao lugar mais alto do pódio.
“Uma medalha de ouro, ouvir o nosso hino, subir ao pódio, subir a nossa bandeira, colocar a tão sonhada medalha de ouro no peito. Chegamos em uma fase em que já passamos pelas melhores equipes e podemos conquistar o melhor posicionamento”, relata, em entrevista à SagresTV no programa Sinal Aberto desta segunda-feira (2).
A paulista Gisely Costa atua como líbero. Nos jogos do Rio em 2016, ela foi eleita a melhor paratleta da equipe, selando a inédita conquista da medalha de bronze contra as ucranianas. Ela conta que a equipe não tem vida fácil nos treinamentos e nos amistosos, atuando inclusive contra times masculinos.
“Nossa preparação é firme, do jeito que tem de ser mesmo, para chegar lá e arrebentar tudo. Ontem (1º) foi um amistoso contra um time daqui de Goiânia, da Adfego (Associação dos Deficientes Físicos do Estado de Goiás), e foi duro. Nós não vemos os nossos adversários do outro lado, assim como eles também jogam de igual para igual, isso para a gente é muito bom. Não tem essa coisa de cortesia porque é mulher”, afirma.
Assista a entrevista na íntegra
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Vôlei sentado
Nesta modalidade, podem competir homens e mulheres que possuam alguma deficiência física ou relacionada à locomoção. São 6 jogadores em cada time, divididos por uma rede de altura diferente e em uma quadra menor do que na versão olímpica da modalidade. Os sets têm 25 pontos corridos e, o tie-break, 15. Ganha a partida a equipe que vencer três sets. A quadra mede 10m de comprimento por 6m de largura. A altura da rede é de 1,15m no masculino e 1,05m no feminino. É permitido bloqueio de saque, mas os jogadores devem manter o contato com o solo o tempo todo, exceto em deslocamentos. No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes (CBVD).
Classificação
Os jogadores são divididos em dois grupos, de acordo com o grau de limitação ocasionado pela sua deficiência. Os com amputações e com problemas locomotores mais acentuados são classificados como VS1. Já os que possuem deficiências quase imperceptíveis como problemas de articulações leves ou pequenas amputações nos membros são classificados como VS2. Cada equipe só pode contar com dois jogadores da classe VS2 no time. E os dois não podem estar em quadra ao mesmo tempo.