Com dificuldades para aderir ao Profut e regularizar sua situação fiscal e tributária, o Atlético corre contra o tempo para achar soluções. Assim como os demais clubes brasileiros, o Dragão precisa se ajustar economicamente e ter em mãos as certidões negativas de débito com o governo federal para disputar competições nacionais.

Uma das possibilidades que surgiu recentemente é uma venda da área que pertence ao clube em Aparecida de Goiânia ou até mesmo parte do terreno que abriga o Estádio Antônio Accioly, em Campinas. Em entrevista ao repórter Rômulo César, o presidente executivo do Atlético, Maurício Sampaio, lamenta bastante a possibilidade de ter que vender patrimônios, mas admite que é uma possível saída para resolver os problemas de dívida do clube:

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“São saídas que estão sendo criadas, não podemos jogar a toalha. Temos uma dívida para pagar e uma das maneiras é vender algo. Mas o futebol é muito irracional, o torcedor é míope, mas a gente tem que olhar para o futuro do clube, não para o passado. Temos uma patrimônio que dá para quitar a dívida, se é o momento de vender eu não sei, temos que conversar”.

Um reunião com o conselho deliberativo será realizada para analisar a possibilidade da venda de patrimônio para quitação das dívidas. Outras propostas serão apresentadas e Maurício garante que o que a maioria do conselho decidir, será feito: “Aquilo que o conselho apontar como a melhor saída, acataremos e passaremos a trabalhar em cima para viabilizar”.

Além da necessidade de ter essa certidão, os dirigentes que deixarem seus mandatos com rombo nos cofres do clube, poderá ter que arcar com os prejuízos comprometendo seus patrimônios pessoais. É uma outra sanção que preocupa Maurício Sampaio:

“Claro que me preocupa, já tenho muitos problemas na minha vida, não quero criar outros. Tenho até o dia 20 para decidir sobre essa adesão, tudo que for antes disso é prematuro dizer. Obviamente que não darei um passo maior do que a minha perna e me envolver em coisas que podem me prejudicar ainda mais”.

Anteriormente a diretoria do Atlético havia anunciado que usaria o Antônio Accioly para mandar os jogos do Goianão 2016, porém, com o agravamento da crise, as obras estão paralisadas e o novo tobogã de arquibancadas que seria construído sequer começou. As obras estavam sendo realizadas em parceria com uma empresa, porém, o problema com o Profut se tornou o centro das atenções da diretoria.