Antes de entrar definitivamente para a corporação, o cão passa por uma série de atividades e exercícios. O Comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM), Major Granja, concedeu entrevista exclusiva ao quadro Mundo Pet, do programa Cidadania em Destaque desta sexta-feira (4), e falou sobre este processo de preparação.

Ouça a entrevista na íntegra: {mp3}Podcasts/2016/novembro/04/majorgranjamundopet{/mp3}

De acordo com o comandante, durante o treinamento, os cães enfrentam situações específicas que certamente farão parte do dia a dia de trabalho junto ao Batalhão de Choque, e que os animais são sempre bem tratados durante

“Depois de dois anos, o nosso cão já está pronto para desempenhar as missões pertinentes ao Batalhão de Choque. Ele vai em alguns ambientes hostis, de variação climática, é treinado o embarque e desembarque, tem muita atividade física, sempre lembrando que não tem maus tratos aos animais”, frisa.

Atualmente, são 18 cães atuando junto ao Batalhão de Choque da PM em Goiânia. Entre as raças que fazem parte da corporação estão Pastor Belga, Alemão, Holandês, Labrador e Rottweiller. O comandante explica que os cuidados com o animal começam desde o nascimento.

“É verificado a situação de coragem, segurança, equilíbrio, a disposição dele, a curiosidade, o instinto de caça, presa, defesa. Então nossos cães, desde quando nascem já vão sendo testados com algumas características essenciais para desempenhar o serviço do Batalhão de Choque da PM”, afirma.

O comandante relata que para cada procedimento existe um adestrador específico, seja para identificação de explosivos ou até mesmo em situações de combate ao tráfico de drogas, em que os entorpecentes são escondidos pelos criminosos. O animal trabalha, em média, até os seis anos de idade, como explica Major Granja.

“Aproximadamente, a partir de seis anos de idade o cão é aposentado e, a priori, não tem uma regra para que ele seja doado. Primeiramente ele já vai para o seu condutor ou adestrador. Caso estes já possuam cães, eles são repassados a outros policiais de outras unidades ou até mesmo a sociedade civil poderá pegar um cão desse”, esclarece.

O cão policial já foi até personagem de filme. É o caso da produção estadunidense “K-9 – Um policial bom pra cachorro” (Universal Studios, 1989), na qual o agentes Michael Dooley, interpretado pelo ator James Belushi, conta com a ajuda de Jerry Lee, um cão policial da raça Pastor Alemão, para combater um traficante de drogas. No filme, uma comédia de ação, o cão tem personalidade própria, e trabalha apenas quando quer, além de gostar de destruir o carro do agente.

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