O governador Ronaldo Caiado (UB) rebateu ontem críticas recebidas de candidatos da oposição durante sabatinas realizadas pelo Fórum de Entidades Empresariais de Goiás nesta segunda-feira (29). Sem citar Gustavo Mendanha (Patriota), Caiado apontou que o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia não mostra conhecimento sobre o estado ou propostas que tenham impacto geral. “Uma coisa é a pessoa querer tratar o Estado de Goiás como se fosse uma visão simplista e tratar apenas uma cidade. Sou responsável por 7 milhões e 200 mil goianos”, disse;
Antes da participação do governador nas sabatinas, o deputado federal Vitor Hugo (PL) e o próprio Mendanha atacaram Caiado pelas opções tomadas durante a gestão da pandemia e o acusaram de não ter dialogado com o setor produtivo. Os dois opositores buscam apoios no setor bolsonarista em Goiás e repetiram discurso do presidente contra o isolamento social e criticaram os embates, naquela época, entre o governador e Jair Bolsonaro (PL). Além deles, Wolmir Amado (PT) chegou a criticar a forma com que Caiado se relaciona com o setor produtivo.
O governador rebateu e alegou que a atual gestão manteve amplo diálogo com o setor, entre outros setores da sociedade. “Foi o único governo no país entre todas as histórias de Goiás que só decidiu compartilhando ações. Nunca tomei uma decisão em Goiás que não fosse em comum acordo com o presidente da Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça de Goiás, Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunal de Contas do Estado e do Município, além do Fórum Empresarial. Discordância é normal”, afirmou.
Memória
Caiado voltou a justificar as decisões tomadas no combate à pandemia de covid-19 e aponta que, por mais que fossem desagradáveis, foram encontradas de forma conjunta. “O mais aberto e o mais liberal de todos os governadores para tomar decisões fui eu. Existem momentos que você precisa decidir e eu realmente sou um homem preparado para decidir as coisas. Tenho anos de vida e experiência”, disse.
Provocação
“As pessoas não podem governar pensando apenas em Goiânia, Anápolis e Aparecida. Tem que pensar em 246 municípios. Não pode ser uma visão obtusa. Se a pessoa não tem a capacidade de entender a abrangência do cargo, às vezes, resume as discussões de maneira minúscula e não na extensão do cargo de Governador”, criticou Caiado, em indireta a Mendanha.
Abusou
Decisão liminar da Justiça Eleitoral determina que o candidato a governador Vitor Hugo (PL) retire propaganda eleitoral com “excesso” de aparições do presidente Jair Bolsonaro (PL). A representação partiu da coligação “Pra Seguir em Frente”, do governador Ronaldo Caiado.
Argumento
A decisão define que as emissoras de televisão não veiculem a inserção de propaganda em que o presidente Bolsonaro aparece durante 45% do tempo total de 51 segundos. A legislação proíbe a “invasão” de apoiador em propaganda eleitoral de outro candidato, quando o tempo de exposição ultrapassar 25% do tempo total.
Confirmação
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes acatou pedido da defesa do ex-presidente da antiga Agetop, Jayme Rincón, e determinou o cumprimento de decisão anterior pela nulidade da denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal de Goiás (MPF-GO), a partir da Operação Cash Delivery.
Quem?
A decisão foi publicada ontem. A Cash Delivery foi deflagrada em 2018 e chegou a levar para a prisão tanto Rincón quanto o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), que disputa vaga no Senado. A operação investigou suposto recebimento de recursos para as campanhas de 2010 e 2014 em troca de favorecimento à empresa Odebrecht. A Justiça, no entanto, anulou os atos de investigação do MPF no processo e encaminha a denúncia para o arquivo.
Tô fora!
O publicitário Renato Monteiro não é mais o responsável pela campanha do empresário Leonardo Rizzo (Novo) ao Senado. O motivo da saída foram “divergências na estratégia da campanha”.
Ao veto!
O procurador-geral de Justiça, Ayton Flávio Vechi, encaminhará nota-técnica com posição contrária do Ministério Público Estadual ao projeto que tenta proibir a abordagem de questões de gênero nas escolas do Estado.
Afronta
A ação é uma iniciativa conjunta do Núcleo de Diversidade e Combate à Discriminação e da Comissão de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade do MPGO, a nota técnica aponta que o projeto de lei contém inconstitucionalidades e ilegalidades, “além de representar indubitável afronta ao interesse público, na medida em que cerceia o pluralismo e a liberdade de aprendizagem no âmbito escolar”.
Mais…
O documento ressalta ainda que o projeto normativo “impede o fomento de uma cultura fundada em valores de igualdade e tolerância, para a promoção do imperioso enfrentamento à discriminação e à violência de gênero, traduzindo-se em retrocesso, vedado em matéria de Direitos Humanos”.
