“Essa aliança deu certo, ela vai continuar e progredir cada vez mais, tenho certeza absoluta disso”. Essas são as palavras do senador Ronaldo Caiado (DEM), a pouco menos de dois anos das eleições para o governo de Goiás, e as discussões acerca de alianças e candidaturas esquenta cada vez mais.

Em entrevista exclusiva ao repórter Rubens Salomão, o senador elogiou a aliança com o PMDB, desde quando foi eleito para o posto no Congresso Nacional até o apoio a Iris Rezende para chegar ao quinto mandato à frente da Prefeitura de Goiânia. No entanto, Caiado diz que sabe que o PMDB pode vir a lançar candidato próprio para chegar ao Palácio das Esmeraldas, mas o parlamentar confia na aliança e fala em “bom senso” para a disputa em 2018.

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“Isso não é problema, isso é a prerrogativa de todo partido ter um candidato, mas as coisas vão se afunilando e realmente é a vontade da maioria da população. Nós temos que preservar sempre esse respeito e sabemos que cada um vai lutar pelo seu candidato, isso é normal na luta política. Eu respeito essa decisão, é um partido grande. Nunca deixei de reconhecer o apoio que sempre recebi do PMDB e entendo que no processo eleitoral de 2018 será exatamente um gesto de bom senso para saber como nós vamos nos unir para derrotarmos uma estrutura que está aí há 20 anos e tanto mal tem feito ao Estado de Goiás. Nesta hora não é um jogo pessoal, não é um jogo partidário. O que fala mais alto são os interesses do nosso Estado de Goiás e a certeza de que nós saberemos dar a volta por cima”, afirma.

Saída de Temer

Em relação ao governo de Michel Temer (PMDB), o Democrata defende a saída do presidente da República e afirma que o Congresso Nacional não possui credibilidade para apresentar e votar projetos e que o poder Executivo não possui a simpatia da população.

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“Hoje o congresso nacional não goza de credibilidade para legislar, ao mesmo tempo o Executivo brasileiro tem uma dificuldade enorme de poder ter a simpatia da população para levar adiante estas propostas. Eu reafirmo que é um momento de nós entendermos que o mandato não é um direito de propriedade, é uma concessão dada pela população”, ressalta.

Segundo Caiado, a democracia no país passa por um momento delicado, e os parlamentares devem passar por uma reavaliação.

Nós precisamos fazer o que seria uma antecipação desse processo, para que senadores e deputados federais e o presidente da República fossem reavaliados pela sociedade brasileira para que nós pudéssemos implantar as reformas que vão atingir indiscutivelmente milhões de brasileiros. E como tal nós vamos precisar de pessoas de muita credibilidade para estarem à frente deste momento delicado que passa a democracia brasileira”, reitera.

Reformas

Nas últimas semanas o Congresso aprovou reformas como a da Previdência Social, que aumenta o tempo de contribuição para aposentadoria, e a Proposta de Emenda à Constituição que limita os gastos públicos. Para Ronaldo Caiado, o governo federal não possui o apoio da população e ressalta a dificuldade de compreensão por parte da população em relação às propostas apresentadas.

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“É uma antecipação de um processo, não há problema algum. Isso se tem em vários lugares do mundo chamado recall, ou uma queda do gabinete. Nós precisamos entender que agora é hora de escutar a população brasileira. Nós temos reformas que são difíceis de serem entendidas e é preciso que a pessoa tenha neste momento o apoio do povo levá-la adiante”, defende.