O deputado federal Ronaldo Caiado (DEM) foi o entrevistado desta segunda-feira (20) do Clube da Notícia, da Rede Clube de Comunicação. Jornalistas de 23 rádios parceiras fizeram perguntas ao democrata durante mais de uma hora. A transmissão alcançou os 246 municípios goianos.

Caiado, que é pré-candidato ao governo do Estado pelo partido que preside, lidera, ao lado do neopessebista Vanderlan Cardoso um grupo de partidos que pretende formar a terceira via e lançar candidatura para quebrar a polarização PSDB/PMDB. De acordo com o deputado, a terceira via também apoiará a candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, à presidência. “Nós temos a convicção que será o Eduardo Campos o candidato”, disse.

O Democrata descartou possibilidade de Campos apoiar o candidato do PT. “Eu não acredito (sobre desistência), pelas conversas que tive com ele. Eu acho que ele é um político que tem responsabilidades. Ele já articulou esse processo nacionalmente”, afirmou.

Caso Eduardo Campos se alie ou apoie o candidato do PT em um possível segundo turno, Caiado disse que, por sua coerência e história construída em sua vida política, não apoiará o PT. “Não estarei com o PT porque nós somos de posições antagônicas do modelo de governar o País. Apesar de que o PT já está aderindo à tese do Democratas e já está privatizando. O PT hoje já viu que a tese de estatizante de criar mais cargos, mais ministérios e mais estruturas vinculadas aos gastos do governo já está quebrando o País”, disse.

Na disputa ao governo do Estado no próximo ano, o pré-candidato diz que tem andado o Estado a procura de apoio e que quer chegar à convenção de 2014 com o nome consolidado para a disputa. “Eu lutarei com muita tranquilidade para ser candidato a governador. Eu tenho credenciais para isso. Meu nome foi colocado com pré-candidato ao governo do Estado. Então é dessa maneira que eu tenho caminhado o Estado, pedindo apoio para chegarmos lá com essa possibilidade de disputar o governo de Goiás depois de uma pesquisa feita entre eu e o Vanderlan e outros que vierem a disputar conosco uma indicação ao governo. Então nossa posição é disputar o governo em 2014”.

Caiado declarou que abre mão da candidatura caso pesquisas apontem outro nome com maiores chances de vencer a eleição. “Eu vejo como uma maneira correta de se fazer política, dando espaço para aquele que for e estiver em melhores condições no mês de maio de 2014. Pesquisas e avaliações feitas por quem conhece da política de Goiás que definirão como deve ser a chapa”.

Quanto à chegada de Vanderlan Cardoso ao PSB como pré-candidato, o deputado ressalta que os dois trabalham pelo mesmo projeto e que são pretensos candidatos, mas que a aliança deve ser construída e discutida com outros pré-candidatos de outros partidos que aderirem ao grupo. Ele nega imposição de nomes. “Quando você está discutindo uma aliança sabe que ninguém chega a uma reunião com vários partidos e diz: Olha eu sou dono da bola e só vai ter jogo se eu jogar. Aí não é política, é imposição”.

“A fase deve ser daquele que tiver maior competência e com maior capacidade de aglutinar, ter mais musculatura política e condições de disputar uma eleição no Estado. Uma candidatura isolada não é uma candidatura, você precisa construir uma aliança”, defendeu.

Críticas
Com discurso de candidato, o deputado Ronaldo Caiado fez duras críticas às políticas de desenvolvimento econômico para as regiões menos favorecidas de Goiás, principalmente a Nordeste. Respondendo a perguntas de rádios da região, Caiado afirmou que a tese de que o desenvolvimento do Nordeste será estimulado nunca foi colocada em prática. “Na verdade só os grandes eixos, Sul, Sudeste do estado são aquinhoados com o desenvolvimento das indústrias e também com a orientação de implantação de indústrias no Estado de Goiás”, disse.

Para a atração de empresas para as regiões menos desenvolvidas, citadas pelo deputado, ele afirma que o importante é a definição do governo de quantas indústrias deverão ser instaladas. “O Nordeste Goiano, o Vale do Araguaia e o Entorno de Brasília são três regiões que têm que ser prioritárias hoje para qualquer governador”. Ele diz que só acredita no desenvolvimento delas se o governo só conceder incentivos se houver a possibilidade dele predefinir o local para a instalação das indústrias.