(Foto: Divulgação / Assessoria)
Nesta terça-feira (1), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado e o secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, visitaram o hospital Materno-Infantil (HMI) e o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) que passam por graves problemas administrativos e financeiros.
Na última semana, a organização social que administra o Materno-Infantil chegou a fechar as portas da unidade por falta de insumos básicos e medicamentos, após consecutivos atrasos nos repasses por parte da última gestão.
O governador revelou que a situação do Materno-Infantil é preocupante e o valor da dívida imediata é de R$ 2 milhões com fornecedores de insumos e o rombo ultrapassa os R$ 65 milhões.
“A situação é preocupante. Viemos porque o colega Zacharias Calil me informou que o diretor do Materno-Infantil o comunicou que não havia mais como suportar o hospital aberto a partir de amanhã pela falta do básico. O único de referência na área em Goiás, já com incapacidade de absorver novos pacientes, cirurgias canceladas e filas enormes. É um quadro caótico, assistimos vidas de crianças que estão correndo alto risco”, revelou.
Ronaldo Caiado disse que não vai permitir que uma nova suspensão no atendimento e será prioridade acima de qualquer gasto.
“Dezenas de crianças que dependem de tratamento especial estão sendo colocadas em risco. O momento é de buscar entendimento e de pedir um crédito junto aos colegas e mostrar que temos interesse em resolver, mas não é aceitável fechar as portas. Sei das dificuldades, vamos encará-las e temos que achar uma solução. Não posso admitir que um hospital como esse tenha uma resposta simplista. Isso aqui é prioridade acima de qualquer gasto”, garantiu o governador.
O secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, disse que vai buscar solucionar a crise no Materno-Infantil e sinalizou medidas excepcionais a serem tomadas imediatamente. O secretário afirmou que vai apurar a situação do HMI e ver o que o Estado pode oferecer de ajuda em relação as organizações sociais.
“Vamos buscar um entendimento um pouco melhor do que o Estado consegue garantir em relação aos compromissos emergenciais. Há uma dívida grande, que impacta tanto o suprimento do hospital, quanto também o pagamento dos funcionários, então há dois grandes problemas. Buscaremos uma solução conjunta, uma construção em várias mãos, que certamente chegaremos a uma solução”, adiantou.
De acordo com a Secretaria da Saúde, o HMI é referência no atendimento infantil e conta com 167 leitos, sendo 25 de UTI (cinco UTIs maternas, dez pediátricas e dez neonatais); 22 leitos de Ucin (Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal), sendo 17 UCcin Convencional e 5 de Ucin Canguru; 122 distribuídos em leitos de internação e observação; e ainda com 30 leitos de retaguarda no Hospital e Maternidade Vila Nova.
* Com informações da Assessoria