Foi aprovada no plenário da Câmara Municipal de Goiânia a emenda ao orçamento de 2017 que eleva de 20 para 30% o remanejamento de recursos que o futuro prefeito poderá utilizar. Um dos relatores, vereador Divino Rodrigues (PROS) explica porque os parlamentares aprovaram o aumento de 10%.

“A cidade tem muitas demandas e cada região tem a sua específica. A prefeitura precisa fazer isso de imediato. Para podermos fazer isso, com uma administração que inicia em janeiro, seria impossível. Mas a administração vai pegar esses pontos e fazer com que ele seja contemplado com o orçamento que nós demos liberdade para o prefeito hoje”, resume.

O vereador e presidente da Casa, Anselmo Pereira (PSDB), ressalta a importância da aprovação do orçamento de 2017, desde que o mesmo seja cumprido. Ele critica o que tem ocorrido com orçamentos aprovados pela Câmara Municipal.

“Eu não tenho visto os orçamentos aprovados por esta Casa serem cumpridos ultimamente. Não só neste governo, mas em outros e outros governos. Dá-me a impressão que o orçamento passa a ser apenas uma peça de formalidade legislativa e administrativa. Os poderes têm que entender que quem aprova orçamento é o legislativo e quem cumpre é o executivo”, ressalta.

Não assinaram a proposta os vereadores da oposição: Thiago Albernaz, Cristina Lopes, Geovani Antônio (PSDB), Djalma Araújo (Rede), Elias Vaz e Pedro Azulão Jr., ambos do PSB, além de Tatiana Lemos (PCdoB), Cida Garcêz (PMN) e Paulo Borges (PR). Elias Vaz destaca por que é contra a emenda que eleva para 30% o remanejamento de recursos.

“Isso é fazer com que a peça orçamentária seja uma peça de ficção. Vereador está abrindo mão de uma prerrogativa que é de dizer como planejar o gasto do dinheiro público e dizendo ao prefeito ‘faça o que você quiser’”, pondera.

Com informações do repórter Jerônimo Junio