Por 29 votos a 2, foi aprovado em primeira votação o plano da reforma administrativa na Prefeitura de Goiânia. O projeto gerou polêmicas entre vereadores da base do prefeito Paulo Garcia (PT) e da oposição. As divergências estão na criação de cargos do executivo municipal e na junção da Secretaria de Turismo na pasta de Desenvolvimento Econômico.
Os parlamentares da base aliada do prefeito argumentam que a reforma trará uma economia nos cofres públicos de R$ 414 mil por mês com a extinção da Companhia de Processamento de Dados do Município de Goiânia (COMDATA). No projeto de reforma está inclusa a criação da Agência Municipal de Ciência e Tecnologia, que substituirá a antiga Companhia. Líder do prefeito na casa, o vereador Djalma Araújo (PT) apresentou valores para justificar a economia, e disse que a discussão não é mais política, e sim matemática.
“A estrutura atual é de R$ 601 mil, e a que nós estamos propondo com a criação da Secretaria e cargos, soma R$ 741 mil. Com relação a COMDATA, que passa a ser uma agência, nós excluímos vários impostos, entre eles o CONFINS, INSS, e a contribuição social, somando isso dá R$ 554 mil, menos R$ 144 mil que é a criação dos novos cargos, nós estamos economizando R$ 414 mil, então isso significa R$ 4,8 milhões anuais”, disse Djalma, em entrevista ao repórter da RÁDIO 730, Samuel Straioto.
“Então não existe, não há discussão política, e sim matemática. Nós estamos fazendo economia ao invés de gastança com dinheiro da população de Goiânia”, finalizou Djalma.
Divergências
O vereador Elias Vaz (PSOL) questiona os números apresentados por Djalma Araújo dizendo que vários cargos criados não são funcionais no que estabelece a lei orgânica do município. “O que nós estamos questionados que sequer tem finalidade, e são 18 e ainda somam mais de R$ 100 mil”, argumentou Elias.
Outro ponto que causou divergências foi à inclusão da Secretaria Municipal de Turismo na pasta de Desenvolvimento Econômico. Vereadores discutem a possibilidade de incluir emendas no plano original, uma delas é a manutenção organizacional da Setur. Djalma Araújo não se intimida com a resistência da oposição.
“Nós não vamos esperar flores. Gostaria um dia que o pessoal assumisse a prefeitura de Goiânia, o governo do Estado, o governo federal, pra negociar com o centro, com a direita. Então ser oposição, nós já fomos muitas vezes oposição neste país, e sabemos fazer oposição. E o pessoal aprendeu conosco”, comentou.
O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, o vereador Iram Saraiva (PMDB), convocou a presença dos parlamentares para a próxima segunda-feira (17) às 14h, quando ocorrerá a segunda votação do projeto, após ter passado pela Comissão do Trabalho da Câmara.