O desejo da presidente Dilma Rousseff de realizar um plebiscito neste ano sobre a reforma política, para que as novas regras possam valer no próximo ano, deve sucumbir nas próximas horas. Na Câmara está sendo montando um grupo para elaborar a proposta de uma reforma política nos próximos 90 dias.

O coordenador do grupo seria o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), ex-líder do governo Lula. Os dois maiores partidos da base aliado já escolheram seus representantes. Henrique Fontana (RS) será o escolhido do PT. Pelo PMDB, será Marcelo Castro (PI).

Caso os deputados não conseguiam evoluir com a proposta, então se estuda a possibilidade de realizar o plebiscito sugerido por Dilma. Se obtiverem êxito no plano traçado, a lei aprovada será submetida ao crivo da população por meio de um referendo. Em ambas as hipóteses a medida só valera para as eleições de 2016 e não em 2014, como deseja a presidente.

PT e PC do B ainda mantém o discurso de realizar o plebiscito e aprovar a reforma até o dia 5 de outubro, prazo que permitiria aplicar as mudanças no pleito de 2014. Porém, essa possibilidade se tornou inviável depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pediu 70 dias de prazo para organizar a consulta popular. “Para eleição de 2014, o plebiscito morreu”, diz o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ). “Não haveria tempo nem para organizarmos o questionário.”