O projeto de lei que institui o Passe Livre no transporte coletivo para estudantes de Goiânia foi aprovado em segunda e última votação na Câmara de Vereadores. A matéria, que foi enviada pelo prefeito, Paulo Garcia, do PT, foi alterada durante a tramitação e se tornou universal, ou seja, todos os estudantes terão direito e vão poder usar o benefício durante todo o ano, inclusive nas férias, sem limite de viagens.
O texto foi aprovado por unanimidade, com 30 votos favoráveis, e agora segue para a sanção do prefeito. No entanto, a abrangência da definição entra em conflito com o que é definido em acordo com o Governo Estadual. O projeto combinado com Marconi Perillo é de que o passe seja restrito ao teto de 120 passagens por mês e não é incluído o período de férias.
Com este impasse, Paulo Garcia pode sancionar o projeto municipal na íntegra, e pagar a diferença de custo, que, segundo fontes do Governo, pode chegar a R$ 60 milhões por ano, ou então vetar alguns artigos para se adequar ao Passe Livre estadual.
O presidente da Câmara, Clécio Alves, do PMDB, admite que existe um conflito, mas que, segundo ele, é em benefício dos estudantes.
” É um conflito beneficiando os estudantes. Eu espero que seja sancionado. Quem sabe o senhor governador possa alterar o projeto e dando esse direito ilimitado. Os custos da prefeitura será de aproximadamente R$ 1 milhão. ” disse.
O estudante e membro do Diretório Central da Universidade Federal de Goiás, Iago Montalvão, participou das manifestações na Câmara, pelo Passe Livre e afirma que as reivindicações não foram encerradas.
“Nós acreditamos que esse projeto da forma que foi aprovado nos contempla de fato. Agora queremos garantir que o passe livre seja para todos os estudantes da região metropolitana e vamos continuar reivindicando para um transporte público de qualidade e com um menor valor para os trabalhadores. Nossa luta não para aqui.” acrescentou.
