O presidente da Câmara Municipal, Romário Policarpo (Foto: SagresTV)
A Câmara Municipal de Goiânia e a Prefeitura Municipal irão fazer uma compra conjunta de 55 mil kits de testes rápidos do novo coronavírus. A informação foi confirmada ao repórter Rafael Bessa, da Sagres, pelo presidente da Casa, vereador Romário Policarpo (Patriota).
O investimento para a compra dos testes rápidos é de R$ 7,3 milhões. Segundo Policarpo, também serão adquiridos exames completos para a Covid-19. O objetivo é descentralizar os locais para a realização de exames da população em geral e evitar aglomerações, e assegurar uma reserva de testagem apenas para servidores do município que atuam diretamente no combate à pandemia.
“A gente exigiu que, dentre estes testes, tivesses testes suficientes para todos os servidores públicos. Que eles também tenham direito a fazer a utilização desses testes porque eles estão trabalhando no enfrentamento do vírus, e não tinha testes para eles. A gente exigiu isso e a Prefeitura concordou”, relata o presidente da Câmara. “O combate ao vírus não é só a Saúde. A gente está falando da Guarda Civil que está na rua, dos servidores da Secretaria de Assistência Social que estão na rua. Então todos aqueles servidores que estão atendendo grupos de risco, caso sintam os sintomas, têm uma reserva só deles para que possam também ser testados”, explica.
Dos R$ 7,3 milhões, pouco mais de R$ 4 milhões serão destinados com recursos do duodécimo, valor devolvido anualmente pela Câmara à Prefeitura. Policarpo afirma que a Casa ainda estuda destinar mais R$ 2 milhões para a compra de equipamentos de proteção individual (EPIs) como luvas, máscaras, sapatilhas descartáveis e aventais para que servidores municipais tenham proteção durante o exercício das atividades.
A expectativa é que na próxima semana os testes já estejam disponíveis. Os locais para aplicação deverão ser divulgados nos próximos dias, segundo Policarpo. “Nós teremos os testes em todas as unidades de saúde do município de Goiânia, mas teremos três ou quatro lugares descentralizados”, assegura. “Neste momento o que a gente mais precisa é testar o maior número de pessoas com sintomas da doença. O teste rápido consegue fazer isso com mais velocidade do que o tomógrafo que já é um exame um pouco mais específico para aquelas pessoas que já estão em estado grave”, esclarece.
O grande número de testes é uma das principais recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para países em crise por causa da Covid-19. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil chegou a 667 mortes em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19), segundo atualização divulgada nesta terça-feira (7). O número representa um aumento de 20% em relação a ontem (6), quando foram registrados 553 óbitos.
Goiânia, por sua vez, já possui 76 casos confirmados do novo coronavírus. Em todo o estado, são 133 registros e cinco mortes, quatro delas só na capital. Outros 2.910 casos são investigados, 1.272 descartados.
Falsos negativos
Na última sexta-feira (2), o governador Ronaldo Caiado alertou para a falta de precisão dos chamados “testes rápidos”, e reforçou que somente os exames feitos no Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO) são assertivos. “Esses testes [rápidos], a maioria deles, não estão aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nem o Ministério da Saúde. O número de falsos negativos que estão dando é muito alto, acima de 30%”, analisou o governador.
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