A cidade precisa de defensores e o fato é que as autoridades correm para longe quando o assunto é proteger Goiânia. Por isso…

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… não aparece promotor algum quando a empreiteira invade as margens do córrego para fazer shopping;

… os militares acham normal a carnificina e comemoram a média de dois cadáveres por dia na Capital;

… os delegados aceitam que, apenas nos últimos anos, 3 mil mortes fiquem sem investigação;  

… os federais se escondem atrás da moita se o assunto é fechar as fronteiras e acabar com o tráfico de drogas;

… a prefeitura incentiva os camelôs, os invasores de terreno, os pirateiros. Mais do que tudo, o prefeito de plantão, inclusive o atual, é uma mãe para poluidores do ar, das águas, do visual da cidade.

A única reação vem da Câmara Municipal. Desde o fim de 2012, os vereadores assustam demonstrando honradez em alguns casos. Eles não têm 13º salário, não têm auxílio-paletó, não têm lavajato particular no prédio do Legislativo e não têm 300 mil reais em emendas do Executivo. Só para efeito de comparação, a Assembleia tem tudo isso e os deputados ainda querem embolsar 14º e 15º salários.

A surpresa aumentou quando um integrante do Partido dos Trabalhadores, o vereador Djalma Araújo, começou a combater a demagogia. Nesta quarta-feira, Djalma apresentou um projeto coibindo a ação dos flanelinhas, que extorquem até 30 reais de cada motorista e ameaçam mulheres na cidade inteira. Djalma está correto. É assim que se defende Goiânia de verdade.

A ideia de Djalma Araújo precisa encontrar amparo. Seus colegas de Câmara têm de se unir e dar a Goiânia a boa notícia de que vão combater a extorsão.  Alguns vigiadores de carro ganham mais que vereador, prefeito e governador. E eles arrancam esse dinheiro das vítimas que tentam estacionar nas poucas vagas que restam.

Goiânia parece uma cidade sem comando e não é porque o prefeito viaja para o exterior. É porque algumas autoridades insistem em viajar na maionese.