O pedido de abertura de processo para o impeachment do prefeito Paulo Garcia (PT) foi rejeitado pela Câmara Municipal de Goiânia na manhã desta terça-feira (10) por 21 votos a nove. Houve ainda uma abstenção. A proposta foi apresentada por professores a rede municipal de ensino.
A sessão foi suspensa depois que professores da rede municipal de ensino, que estão em greve, insatisfeitos com a decisão invadiram o plenário.
Ainda durante a votação, os vereadores da posição criticaram o método adotado pelo presidente da Câmara, vereadores Clécio Alves (PMDB), que previa apenas o voto de cada parlamentar, sem a possibilidade de debate do tema.
Um dos representantes dos grevistas, o professor Rodrigo Marçal, criticou a postura do presidente da Câmara. “Na verdade não foi uma rejeição. Foi uma manipulação do próprio presidente da Câmara. Ele não deixou ninguém discutir o impeachment do Paulo,” reclama.
Clécio Alves rebateu as críticas e argumentou que os professores pretendiam invadir o plenário da Casa durante a discussão sobre a criação da Comissão para analisar o pedido de impeachment. “Se nós abríssemos a discussão, antes de terminar a discussão, eles invadiram o plenário e não permitiria que fosse votado o requerimento. Enquanto eles vieram com o fubá, nós fomos de volta com a farinha. Não houve nenhum tipo de tratoramento ou coisa parecida,” defende.
Votaram contra: Rogério Cruz (PRB), Paulo Magalhães (SDD), Carlos Soares (PT), Cida Garcêz (SDD), Célia Valadão (PMDB), Deivison Costa (PTdoB), Divino Rodrigues (PROS), Bernardo do Cais (PSC), Edson Automóveis (PMN), Eudes Vigor (PMDB), Fábio Lima (PRTB), Felisberto Tavares (PT), Izídio Alves (PMDB), Jorge do Hugo (PSL), Mizair Lemes Júnior (PMDB), Paulo Borges (PMDB), Paulo da Farmácia (PROS), Ricardo Luis (PSL), Tayrone Di Martino (PT), Welington Peixoto (PROS) e Zander Fábio (PSL).
Votaram a favor: Djalma Araújo (SDD), Dra. Cristina (PSDB), Elias Vaz (PSB), Geovani Antônio (PSDB), Dr. Gian (PSDB), Pedro Azulão Júnior (PSB), Tatiana Lemos (PCdoB), Thiago Albernaz (PSDB) e Virmondes Cruvinel (PSD). O vereador Anselmo Pereira (PSDB) se absteve.
Um dos coordenadores do movimento, professor Antônio Gonçalves, revelou que é intenção do grupo permanecer no plenário pelo menos até esta quarta-feira (11), quando farão uma assembleia.
O presidente Clécio Alves determinou o corte da água, energia, desta forma deixando o espaço sem ar condicionado. Ele também vai buscar na Justiça a reintegração de posse do plenário.