O professor Eliomar Araújo Lima, atual diretor do Instituto de Informática da Universidade Federal de Goiás (UFG), é o candidato a vice-reitor pela chapa “UFG agora com você”, que tem a professora Karla Emmanuella como cabeça de chapa. Em entrevista à Sagres, Eliomar apresentou as propostas que pretende implementar caso a chapa seja eleita na consulta para a Reitoria da universidade.

Segundo o docente, o objetivo da candidatura é romper com um modelo de gestão que considera centralizador e construir uma nova estrutura baseada na participação coletiva. “A UFG necessita de construir uma gestão que seja participativa, plural, que possa respeitar as individualidades, as categorias, os coletivos de pessoas que temos na comunidade”, afirmou.

Novo modelo de gestão

Ao defender um novo modelo administrativo, Eliomar destaca a necessidade de adotar práticas e métodos mais eficientes de gestão, capazes de lidar com a complexidade da universidade. “Conduzir a UFG exige mais que boas intenções. Exige planejamento, mapeamento dos processos, escuta ativa e ações concretas”, explica.

Ele cita a importância de desenvolver uma visão compartilhada da universidade, a partir de uma gestão que ouça e sistematize as demandas da comunidade acadêmica. “Não se trata apenas de métodos e práticas. Estamos falando de princípios basilares, como uma gestão transparente, sustentável e orientada a pessoas”, pontua.

Eleição de prioridades

Eliomar também criticou a ausência de critérios claros na definição das prioridades da universidade, especialmente em relação à aplicação de recursos. “Hoje não há clareza sobre os critérios que são utilizados. E esses critérios devem ser definidos coletivamente, com transparência”, afirma.

O professor argumenta que o modelo atual concentra decisões na alta administração, o que, segundo ele, compromete o funcionamento das unidades acadêmicas. “Fortalece-se a gestão superior, mas essa estrutura não é sensível aos problemas da ponta. As unidades ficam estranguladas, sem condições de executar ações necessárias”, aponta.

Para enfrentar esse cenário, Eliomar propõe a criação de instâncias que assegurem diálogo permanente com as unidades acadêmicas e os setores técnico-administrativos. “Queremos uma gestão que negocie os critérios de seleção e priorização desde o planejamento, promovendo uma governança efetiva”, defende.

Conexão com as novas gerações

Professor da área de tecnologia e envolvido em projetos voltados ao empreendedorismo e à inovação, Eliomar comentou ainda sobre o crescimento da procura por cursos como Inteligência Artificial e Engenharia de Software na UFG. Para ele, o interesse por essas graduações está relacionado a uma formação mais conectada às demandas da sociedade.

“A nova geração busca protagonismo. E nós temos investido em práticas que valorizam isso, como projetos de pesquisa com financiamento público e privado, extensão e novas abordagens pedagógicas. Isso dá ao aluno uma nova visão de mundo e reforça o papel ativo dele na construção do conhecimento”, destaca.

Ao concluir, o professor reforça que o projeto da chapa é guiado por um compromisso com a escuta, o planejamento e o respeito à diversidade da universidade. “A UFG não é uma só. São muitas universidades dentro de uma. Por isso, é preciso uma gestão que reconheça e atue com sensibilidade diante das suas assimetrias”, conclui.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade.