Foi realizado na manhã desta segunda-feira (28), o primeiro debate da Rádio 730 com os candidatos ao governo de Goiás. Antônio Gomide (PT), Iris Rezende (PMDB), Vanderlan Cardoso (PSB), Alexandre Magalhães (PSDC) e Wesley Garcia (PSOL) questionaram e responderam sobre os principais temas que envolvem a administração pública do Estado. O governador e candidato a reeleição, Marconi Perillo (PSDB), e a candidata Marta Jane (PCB) não compareceram.

No primeiro bloco, os candidatos fizeram uma apresentação pessoal e suas respectivas intenções com a candidatura ao Palácio das Esmeraldas.

Ouça o áudio do primeiro bloco:
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Nos três blocos seguintes, os candidatos fizeram perguntas aos concorrentes, com direito a uma réplica e uma tréplica, conforme determinado no regulamento do debate apresentado pela Rádio 730 e aprovado pelas assessorias dos concorrentes ao Poder Executivo de Goiás.
Ouça os três blocos, nos quais, os candidatos fizeram perguntas entre si:
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Os candidatos debateram diversos temas nos microfones da Rádio 730. Confira o que cada um deles disse sobre os temas listados abaixo:

Segurança Pública
Antônio Gomide (PT)
– É preciso investir em segurança, combatendo o craque e as drogas, que fazem a sociedade refém da criminalidade.

Alexandre Magalhães (PSDC)
– A avaliação da Segurança Pública hoje é péssima. Calamitosa.
– Lugar de bandido na minha gestão será na cadeia. Bandido não entrará em Goiás, e aqueles que estão infiltrados aqui serão expulsos.
– Nós precisamos treinar mais o policial. Hoje, pega-se policiais que não tem a capacidade mínima, treina ele por três meses e coloca na rua. Nós vamos criar uma academia de gestor em segurança pública, que dará curso de dois a três anos.
– Goiás tem quatro cidades entre as mais perigosas do país. Outro problema é a insegurança na zona rural. O fazendeiro rural está abandonado tem medo de dormir sozinho na sua fazenda.
– Nós precisamos parar com os super presídios. Nós precisamos criar pequenos presídios em várias regiões.

Iris Rezende (PMDB)
A questão da segurança pública em Goiás é muito mais profunda que se imagina. Quando fui governador pela segunda vez, eu deixei o efetivo com 13 mil. Hoje, nós temos 11 com a população 40% maior.
– Eu sendo governador vou dobrar o efetivo da Polícia Militar.

Wesley Garcia (PSOL)
Wesley (Alexandre) – Nós vamos defender a PEC 51 de 2013, pela desmilitarização e unificação das polícias. Nós iremos dar aumento salarial e plano de cargos e salários a estes profissionais, mas vamos colocar o policiamento comunitário. A nossa visão não é violência combatendo violência. Quando se coloca uma polícia apenas repressiva, com o governador colocou no Entorno de Brasil, onde apenas batia em quem era negros, pobres e homossexuais. A polícia precisa ser educativa e preventiva, e não uma polícia que mata e executa.

Entorno do Distrito Federal
Vanderlan Cardoso (PSB)
– Nós vamos tratar o Entorno de Brasília como a região Metropolitana de Goiânia, ou seja, como uma região Metropolitana que é. Goiás tem um déficit de quase 4 mil leitos hospitalares. A maior concentração está naquela região, mais de 2 mil. É inadmissível chega rem Val Paraíso e não ter nenhum leito de UTI.
– Nós podemos fortalecer os polos tecnológicos e distritos industriais para que as pessoas firmem no município e não precisem sair de ônibus para trabalhar em Brasília. Nós temos uma rede férrea ali, que até hoje eu não entendo porque ela não foi utilizada para transportar pessoas.
– Eu não concordo com a criação do novo Estado. Se nós começarmos a separar de Goiás, as regiões menos desenvolvidas por falta de ação completa dos últimos governantes, Goiás vai ficar o quê? Nós temos que fazer o dever de casa naquela região.

Alexandre Magalhães (PSDC)
– A nossa proposta é polêmica, mas é necessária. Nós somos a favor de criar um novo Estado na região do Entorno. Quando se dividiu o Tocantins foi maravilhoso para os dois. Nós precisamos de estados menores, mais fáceis de administrar.

Wesley Garcia (PSOL)
– Nós vamos criar uma empresa pública de transporte para a região do Entorno.

Saúde
Iris Rezende (PMDB)
– Milhares e milhares de pessoas morrem a míngua Goiás afora por falta de hospitais regionais, por falta de médicos bem remunerados. Todas as cidades que passo, a maior reclamação é sobre a saúde. Vamos construir hospitais regionais. Vamos dar motivação aos trabalhadores.

Alexandre Magalhães (PSDC)
– Eu vou trabalhar por cinco tópicos na saúde: 1) criar uma atenção primária a saúde, com a medicina preventiva; 2) criar um centro de referência neuro-cardio-vascular; 3) criar um centro de referência de oncologia; 4) aumentar o número de leitos em Goiás, que está abaixo de dois leitos para cada mil habitantes, sendo que a OMS exige no mínimo três; 5) temos que criar um centro de referência de diagnósticos.
– A constituição federal estabelece um percentual a ser gasto na Saúde, e normalmente os administradores trabalham esses percentuais mais no papel, e a população não sente isto.

Antônio Gomide (PT)
– Eu não manterei as OS do que estão. De forma discriminada, como regra, é um absurdo no Estado de Goiás. Eu quero fortalecer o SUS. É ele que faz chegar a medicina preventiva a todas as cidades. Há 14 anos está sendo construído um resultado em Santo Antônio, no Entorno de Brasília, e não termina. Não é interesse do governador.

Wesley Garcia (PSOL)
– Nós vamos romper os contratos com as OS. Nós não vamos admitir no governo de Goiás nenhum tipo de privatização. Nós vamos fortalecer SUS, reativando o laboratório do Iquego, por exemplo, para subsidiar remédio para a população.

Gestão
Antônio Gomide (PT)
– A situação da geração de energia em nosso Estado é crítica. É Caótica.
– O servidor público precisa de respeito do governador. Não podemos ser governador para atrair a confiança do servidor público, e é isto que nós temos visto no Estado. Muita conversa, muita promessa, muitos planos de carreiras, cargos e salários indo para a assembleia, mas depois nós não vimos o cumprimento disso.
– Esse governo atual gasta mais de R$ 500 milhões em propaganda para tentar suprir aquilo que não faz.

Vanderlan Cardoso (PSB)
– O que nós vemos no Estado de Goiás é o servidor desmotivado. Falta estrutura e motivação para o policial militar, civil e ao bombeiro. Os professores, o mínimo que poderia se garantir a eles são os direitos adquiridos, e titularidade é direito adquirido. Data base é o mínimo que pode garantir ao servidor, porque não repõe nem a inflação.
– É o modos operandi desse governo fazer benesses no último ano do mandato. Foi assim quando, ele entregou para o ex-governador Alcides. Porque não realizou todos estes planos que estão sendo aprovados no início do mandato? A conta vai ficar para o próximo governador pagar.
– Nós precisamos aumentar a auto-estima do servidor público. Um dos projetos que nós temos, que é o Reconhecer, é um programa de benefícios que visa reconhecer o trabalho do servidor. O que nós vemos hoje são pessoas crescendo por critérios políticos e por apadrinhamentos. E realizar o programa desafiar por meio da escola de governo, que existe, mas não está em prática.

Iris Rezende (PMDB)
– Eu vou valorizar o funcionário público em todas as áreas. Eu sempre fiz isto.
– Nós acabamos com a nomeação interina e instituímos o concurso público no Estado.
– Quando eu deixei a prefeitura de Goiânia, o funcionalismo da cidade alugou um prédio para apoiar a minha candidatura.

Educação
Alexandre Magalhães (PSDC)
– Nós temos que respeitar o percentual previsto pela constituição para a educação. Nós vamos implantar a educação de tempo integral no ensino fundamental. Nós vamos valorizar os mestres e professor. Nós vamos dar o incremento de 50% aos professores por exclusividade, que hoje só recebem 30%. Vamos fomentar parcerias com o Sesc, Senai, Senar.

Wesley Garcia (PSOL)
– O papel da UEG na formação dos nossos jogos é fundamental. Nós vamos criar um banco de inteligência a através dos mestres e doutores do Estado de Goiás. Nós iremos investir 5% do orçamento na UEG e 2% na Fapego.
– A dificuldade no acesso a UEG é de propósito. Desta forma, a população não tem condições de fazer as lutas sociais que tanto precisa.
– Nós vamos pagar 10% do PIB exclusivo a população. Nós vamos pagar a gratificação por exclusividade que foi cortada pelo atual governador. Nós vamos implantar a educação em tempo integral, mas não é essa que está sendo feita pelo governador. Nós vamos investir pesado na Fapego.

Alexandre Magalhães (PSDC)
– Nós vamos fortalecer a UEG. Vamos montar ações conjuntas com a UFG em cidades polos.
– Nós precisamos adotar medidas conjuntas e continuas com a polícia militar, polícia civil e bombeiros. Temos que usar apoio tecnológico de monitoramento. Temos que fazer um mapeamento do crime. Fazer um trabalho constante de inteligência. Vamos fazer um cumprimento de meta para as polícias igual tem no comércio. É preciso criar uma polícia comunitária com princípio de proximidade com o cidadão. Temos que aumentar os recursos da segurança pública, porque hoje Goiás gasta menos que o Tocantins e Roraima. Uma vergonha. Diminuir esta carga estressante da polícia. Vamos nomear secretário da área técnica.
– Nós não vamos nomear secretários para a educação que não seja servidor da pasta. É um absurdo nomear secretário que seja deputado para abrir vaga para outro.

Antônio Gomide (PT)
– A UEG precisa ter um olhar especial. Vários polos da UEG reduziram o número de alunos. A UEG não chega a Aragarças. Em Niquelândia, o prédio é pago pela prefeitura. Nós precisamos de um modelo de autonomia para a UEG.

Vanderlan Cardoso (PSB)
– Ao longo dos anos, o que a gente tem observado é uma falta de compromisso com a segurança pública no Estado. O contingente de efetivos caiu pela metade. Serviço de inteligência das polícias foi desmontado. Nós temos percebido também que o governo de Goiás, por falta de gestão de planejamento, nós vimos viaturas sobrando nos pátios.
– É preciso fazer um resgate moral dos órgãos de segurança pública. Autonomia para de ações por parte das forças de segurança. Repressão a altura junto aos criminosos, construção de delegacia no interior e readequação estratégica das delegacias de polícia civil em Goiânia e região Metropolitana. Segurança tratada segundo critérios técnicos e não políticos. Deixar na nossa Segurança, pessoas competentes que entendem de segurança.
– Nós não podemos ser considerados mais o quarto pior Estado nos índices de segurança.

Infraestrutura
Antônio Gomide (PT)
– Se tem algo que precisamos investir em Goiás é infraestrutura. Na área de mobilidade e logística, nós temos mais de 8 mil quilômetros de rodovias estaduais sem pavimentação. Nós temos um baixo índice de integração entre os modos de transporte. Essa integração é fundamental. Nós temos um crescimento centrado na região Central e na região Sudoeste.
– Nós precisamos governar com um olhar regional, criando condições para as vocações de cada região. Não adianta construir centro cultural se produtores de Goiás não tem oportunidade de fazer cultura. Não adianta construir o prédio. Não adianta construir o centro de excelência do esporte, se não tem um programa para colocar professores em quadras que estão abandonadas nas cidades.

Iris Rezende (PMDB)
– Temos que pavimentar rodovias, temos que aplaudir a construção de ferrovia em nosso território, mas o ponto mais importante para tudo isso nós estamos perdendo, que é a Celg. Como promover o desenvolvimento de um Estado sem energia suficiente?
– O Estado de Goiás vai bem. O governo estadual está um fracasso. Se nós perdemos a Celg vamos presenciar uma paralisação total no crescimento. Nós precisamos continuar incentivando a produção, mas cuidar da Segurança Pública, que está um fracasso.
– Eu governei com prefeitos de todo Estado. Eu criei o governo itinerante, e assim, fica por dentro das principais necessidades de cada região. O que tem na região Nordeste e Norte de infraestrutura fui eu que fiz. Em quase todas as cidades, 70% do que existe em investimentos públicos fo feito em meus dois governos. Proposta bonita existe em qualquer balcão de escritório de planejamento, mas é preciso ver se o candidato tem competência para fazer.

Celg
Antonio Gomide (PT)
– Nós precisamos governar com um olhar regional. Assim como este governo enfraqueceu e federalizou a Celg, também está no mesmo caminho a falência da Saneago. Em Goiânia, nós não temos 100% do abastecimento de água.
– Sendo governador eu quero dar transparências e fortalecer a Celg e a Saneago.
– Nós vamos fortalecer a Saneago. E você servidor da Saneago, pode ser terceza que nós vamos não vamos deixar privatizar a Saneago.

Vanderlan Cardoso (PSB)
– O que se fez com a Celg esta tentando fazer com outras estatais.

Iris Rezende (PMDB)

– Temos que pavimentar rodovias, temos que aplaudir a construção de ferrovia em nosso território, mas o ponto mais importante para tudo isso nós estamos perdendo, que é a Celg. Como promover o desenvolvimento de um Estado sem energia suficiente?

Economia
Wesley Garcia (PSOL)
– Nós vamos taxar a progressividade nos impostos. Nós vamos cobrar muito mais dos megaempresários, dos latifundiários, das empreiteiras, em benefício de diminuir os juros dos pequenos e médios trabalhadores de Goiás. Em Alto Horizonte, nós temos uma das maiores rendas per capitas do país, mas em compensação, no entanto a cidade está abandonada.
– O governo do Estado tem mecanismo para levar desenvolvimento a qualquer região do Estado. Ele pode levar indústrias para a região de Brasília, região Nordeste, região Norte do Estado.

Antônio Gomide (PT)
– Não adianta mais ter um governador que tenha ideias ou que faça um alinhamento que não seja com as cidades. Nós precisamos buscar soluções com prefeitos e prefeitas das cidades violentas soluções para os problemas. Nós precisamos fazer com que Goiás pode crescer e desenvolver economicamente, mas em todas as regiões. 90% dos municípios estão fora do eixo de desenvolvimento.

 

Pessoal
Wesley Garcia (PSOL)
– A candidatura do PSOL e a minha, professor Wesley, é a única que de fato representa mudança, que representa uma candidatura legitima dos trabalhadores.
– A situação financeira é desastrosa.
– É a política das privatizações, e o governador Marconi Perillo e outros governador vem destruindo a coisa pública para justificar as privatizações. Nós vamos romper o contrato com as OS.

Vanderlan Cardoso (PSB)
– Eu gosto de desafios. Senador Canedo era considerada dormitório, com falta de segurança, mas uma cidade rica, mas que a população na participava desta riqueza. E o Estado de Goiás hoje vive da mesma maneira que Senador Canedo em 2004. É um Estado rico, mas com uma desproporcionalidade entre as regiões.
– Há 18 meses eu estou elaborando um plano de metas, com o diagnóstico do Estado de Goiás, e o Estado pode mais.

Iris Rezende (PMDB)
– Eu me joguei na política ainda jovem, e tenho a cada ano uma maior empolgação por participação na política. Na eleição passada por pouco eu não cheguei ao governo. Eu me candidatei porque eu sinto que a situação do governo de Goiás não permite a quem quer que seja o direito de ficar equidistante ou omisso neste momento. E eu entendo que a melhor participação minha seria me candidatar ao governo e resolver estes problemas que estão afligindo a população de Goiás.
– Recentemente um dos secretários do governo soltou sem sentir que a capacidade de endividamento do Estado é zero até o ano de 2020. Daí a preocupação de cada pessoa com o futuro. A economia do Estado vai bem graças a iniciativa privada. Mas o governo não corresponde.
Alexandre Magalhães – Eu sou tenho 47 anos, sou advogado e empresário e nunca fui político. Resolvi implantar uma mudança interna. Eu sempre critiquei os políticos, falei mal, mas nunca tive coragem de entrar na política. Mas agora eu tivesse essa atitude. Aí coloquei o meu nome a disposição do PSDC.

Antônio Gomide (PT)
– Eu tive a oportunidade de ser prefeito duas vezes em Anápolis. Essas vitórias só foram possíveis com uma administração séria, planejamento e uma equipe com muito trabalho. É com essa disposição que quero ser o próximo governador de Goiás. Temos hoje em Goiás, 16 anos com o mesmo grupo político. Nós precisamos olhar para frente, precisamos estar olhando para o futuro. Nome, com experiência administração. Projeto novo, com credibilidade. Temos orgulho do nosso Estado, mas não da política que comanda o Estado nestes últimos 16 anos.

Alexandre Magalhães (PSDC)
– Eu sou tenho 47 anos, sou advogado e empresário e nunca fui político. Resolvi implantar uma mudança interna. Eu sempre critiquei os políticos, falei mal, mas nunca tive coragem de entrar na política. Mas agora eu tivesse essa atitude. Aí coloquei o meu nome a disposição do PSDC.