A campanha para governador em Goiás deve custar até R$ 35 milhões, com base na projeção máxima de gastos enviada pelos candidatos a justiça eleitoral. Na prática, porém, deve custar bem menos. Este ano, a maioria das campanhas tem encontrado grande dificuldade em levantar recursos junto a doadores, principalmente empresas.

As justificativas para esta situação são várias. O candidato ao governo pelo PMDB, Iris Rezende, admite que, até agora, colocou dinheiro do próprio bolso na campanha. Aproximadamente R$ 760 mil. Para Iris, muitos doadores ainda não entraram no clima da campanha. Ele espera que a partir da próxima semana a situação melhore. “Eu acredito que a partir desta semana tudo vai funcionar bem. E eu espero que as pessoas que querem o bem de Goiás venham a colaborar conosco,” afirma.

Ccoordenador da campanha de Vanderlan Cardoso, candidato do PSB, Ronnie Pessoni também confessa dificuldade de captação de recursos financeiros para a campanha. Ele acredita que o volume de doações diminuiu este ano, por causa da crise financeira do Brasil. “Nós fizemos a programação no TRE de R$ 25 milhões. Mas nós vamos ficar bem abaixo deste valor,” revela.

A campanha do PT também não está captando muito dinheiro de empresários, e confia nas doações de militantes e na ajuda do PT nacional para tocar a campanha de Antonio Gomide. Segundo o coordenador da campanha do PT, o presidente da sigla, Ceser Donisete, não estar na frente das pesquisas não é necessariamente um fator que afasta colaboradores de um candidato. “Tem muitos empresários que contribuem independente de estar no poder ou não. O PT se diferencia porque nós temos uma militância muito grande. E isto barateia muito a nossa campanha. Além de termos uma ajuda tradicional, que é a ajuda do PT nacional,” afirma.

Na campanha de reeleição do governador Marconi Perillo, o coordenador financeiro da campanha, Gáudio Fleury, disse não acreditar que as doações aconteçam só porque o tucano está na frente das pesquisas. “Eles estão colaborando pela simpatia com o projeto, por acreditar em um projeto de plano de governo,” opina.

De acordo com Gáudio, a campanha arrecadou até o momento R$ 1,9 milhão. A estimativa feita pela campanha tucana em Goiás, à Justiça Eleitoral, foi de R$ 25 milhões. A legislação determina que os candidatos e coligações informem o valor limite.