Uma caravana, organizada pelo governador Marconi Perillo (PSDB), estava marcada para o dia 22 de maio, mas foi antecipada e ocorre nesta quarta-feira (15). Lideranças políticas de Goiás, de vários partidos, vão até Brasília, numa forma de pressionar o governo federal a voltar atrás na proposta que muda as regras do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) para operações interestaduais.

As alterações foram propostas pelo governo federal e estão em tramitação no senado. Além de Marconi, Ronaldo caiado (DEM), Maguito Vilela (PMDB) e Antônio Gomide (PT) entre outros políticos devem participar, apesar das divergências políticas. Eles defendem a manutenção das alíquotas atuais.

O governador explica a intenção do movimento. “Nós estamos mobilizando o Estado inteiro e também estamos contando com o apoio da área empresarial. Eu tenho certeza que será um bom movimento e chamará a atenção das pessoas em relação à manutenção dos empregos e do desenvolvimento aqui,” diz.

A senadora Lúcia Vânia (PSDB) também deve participar da caravana contra a unificação nacional do ICMS em 12%. Segundo ela, o projeto desagradou todos os estados brasileiros. “O projeto em si está muito complicado. Tem muitas modificações que o governo desejar. Enfim, é um projeto que desagradou todos os estados. Com certeza haverá um debate muito forte,” prevê.

Algumas das empresas instaladas em Goiás com incentivos fiscais podem parar suas atividades para possibilitar a mobilização de empregados contra a unificação do ICMS. Os estados emergentes, dentre eles Goiás, alegam que terão perdas com a redução da alíquota. Para compensar essas perdas, o governo federal propõe a criação de dois fundos: de desenvolvimento regional e de compensação, envolvendo, ao todo, cerca de R$ 450 bilhões.