Um desses itens é uma reunião de negociação com a Secretaria Estadual de Saúde, além de um contrato direto com a cooperativa e não mais com os hospitais. “Contrata os hospitais separado e os cirurgiões por meio da cooperativa, para que através dessa modalidade venha receber os proventos”, declarou Wilson da Silveira.
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Ainda de acordo com o diretor, os valores da tabela apresentados pelo Ministério da Saúde foram um avanço, mas ainda não satisfazem a categoria. “Saúde pública no Brasil é tripartite, isso está na Lei e na Constituição e a União dá a sua contribuição e os estados e municípios também dão a sua parcela”, esclareceu.
Ministério Público
Segundo o promotor Marcelo Celestino, o Ministério Público deve manter o que foi decidido, em reunião no mês passado, de prender em flagrante o médico que estiver em local de trabalho e se recusar a realizar procedimentos cirúrgicos.
Ainda de acordo com o promotor, uma reunião deve ser realizada até sexta-feira (08), entre o Ministério Público, as Secretarias Municipal e Estadual de Saúde e o Conselho Regional de Medicina.
“Em decorrência dessa posição da cooperativa, se até o dia da reunião não tiver um posicionamento de retorno, os hospitais terão que retirar do cadastro de registro deles, perante o Ministério da Saúde, o nome desses médicos de forma que eles não serão mais médicos da equipe médica desses hospitais e vamos buscar profissionais de fora do Estado para realizar as cirurgias de urgência e emergência dentro de Goiás”, destacou o promotor.
Ele informa que apenas um cirurgião cardíaco está atendendo em todo o Estado. Ressalta também que todas as denúncias de morte em virtude do não atendimento dos cirurgiões estão sendo investigadas.
A Secretaria Estadual de Saúde por meio da assessoria de imprensa informou que só irá se pronunciar quando receber oficialmente as novas reivindicações dos médicos.