Goiás apresentou até o dia 30 de junho deste ano 21.305 casos notificados de dengue. Uma redução de 36,39% em relação ao número de casos notificados no mesmo período em 2011, de 33.490 A redução no número de mortes, mesmo período, foi de 57,15%, com 12 mortes confirmadas neste ano (até 30 de junho) contra 28 em 2011. Os 10 municípios que apresentaram o maior número de dengue no primeiro semestre de 2012 foram Goiânia (com 8.330 casos), Aparecida de Goiânia (com 4.566), e Anápolis (com 1.335 casos); seguidos de Luziânia, Rio Verde, Trindade, Valparaíso, Edéia, Itumbiara e Jataí.

Segundo levantamento da Secretaria da Saúde, embora tenha ocorrido um declínio do número de casos em relação a 2011, sobretudo, a partir da segunda quinzena de maio, quando ocorreu a interrupção das chuvas na maioria dos municípios goianos, ocorreu em junho um crescimento do número de casos. “Nas últimas três semanas de junho foi registrado um aumento de casos, em relação ao mesmo período no ano passado, e isso nos preocupa”, afirma a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Tânia Vaz.

De acordo com a superintendente esse aumento do número de casos pode estar relacionado a fatores como: chuvas atípicas registradas cerca de duas semanas antes do aumento dos casos, e também ao fato de o mosquito manter seu ciclo de vida mesmo no período de seca, por meio de criadouros artificiais permanentes, como caixa d’agua, reservatórios, tonéis, piscinas, vasilhas de animais, “isso porque o transmissor da dengue é capaz de sobreviver em densidade baixa, o suficiente para manter a transmissão contínua da doença”, esclarece ela.

Tânia também alerta para a diminuição dos cuidados com a prevenção da doença, algo comum neste período de seca, e que também ocorre por causa da redução no número de casos (amplamente divulgada). “É extremamente importante que as pessoas continuem tomando as ações necessárias, não deixando água acumulada, de nenhuma forma”, afirma. Ela lembra que o mosquito já não se reproduz apenas em água limpa, mas também em água suja, e até mesmo em esgoto. “Temos que estar o tempo todo mobilizados no combate ao mosquito, para que a gente não venha a viver um período epidêmico no Estado, no segundo semestre,” alerta.

Prevenção
A Secretaria da Saúde prossegue trabalhando com todos os municípios e, sobretudo, com os municípios prioritários (aqueles que apresentam o maior número de casos). Segundo ela, o Estado tem realizado diversas ações para combater a proliferação da doença, entre elas a realização de supervisões integradas; capacitações de profissionais para investigação dos casos graves e mortes suspeitas de dengue; e a prestação de assessoria técnica às regionais de Saúde e aos municípios, entre outras.

Tipo 4
Embora o Estado tenha registrado um aumento do número de casos notificados de dengue tipo 4, não houve, segundo a superintendente, uma explosão do número de casos, como ocorreu em outros Estados. “ A situação da dengue tipo 4, embora preocupante, está até o momento, sob controle, mas as pessoas precisam continuar cuidando sempre,” finaliza.(Goiás Agora)