A manhã desta terça-feira (12) registrou uma derrota importante de duas entidades poderosas do futebol brasileiro. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Federação Paulista de Futebol (FPF) foram condenadas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) a pagar uma indenização correspondente ao escândalo da “Máfia do Apito”, em 2005.
Em uma decisão dividida dos desembargadores (2 votos a 1), a CBF e a FPF terão de pagar uma indenização devido a manipulação de partidas no Campeonato Brasileiro daquele ano, que envolveu o árbitro Edílson Pereira de Carvalho, que já foi banido do esporte. A CBF terá de pagar uma multa de R$20 milhões, enquanto a Federação Paulista foi obrigada a pagar R$4 milhões.
Mesmo com a condenação, é possível notar que a multa para as duas entidades foi suavizada. A multa inicial para a CBF seria de R$160 milhões e para a FPF seria de R$60 milhões, num total de R$220 milhões, mas que acabou “saindo” por R$24 milhões. A CBF ainda não se pronunciou sobre a condenação e deve fazê-lo até o fim desta terça-feira. Já a FPF garantiu que vai recorrer da decisão por meio de seu advogado, Carlos Miguel Aidar.
Em 2005, a Máfia do Apito resultou na anulação de 11 jogos do Brasileirão, todos que foram apitados por Edílson Pereira, que estava envolvido em um esquema com empresários, liderados por Nagib Fayad, que agia em apostas de resultados pela internet. Para cada partida, o árbitro paulista recebeu entre R$10 e R$15 mil. Com a anulação dos jogos, o Corinthians sagrou-se campeão daquele ano, mas o título acabou manchado, já que se não houvesse a anulação, o Internacional teria sido o campeão com um ponto de vantagem.