O contrato estava assinado, mas a oficialização aconteceu apenas nessa terça-feira. E realmente, ele voltou: Dunga é o novo comandante da Seleção Brasileira e foi apresentado dois dias antes de completar oito anos da primeira chance que ganhou como treinador, justamente da Seleção, substituindo Parreira em 2006. Agora, para o lugar de Felipão, Dunga chegou com elogios de sobra do presidente da CBF, José Maria Marin, que tratou o treinador como um eterno campeão.
“Ele (Dunga) foi campeão do mundo, foi capitão de uma seleção campeã, demonstrou capacidade para dirigir a Seleção Brasileira, isso ficou demonstrado através de números. Não é apenas por palavras, ele possui todos os requisitos e capacidade para dirigir novamente a Seleção. É um homem experimentado como atleta, como homem, e depositamos total confiança na competência dele”
Dunga proferiu as primeiras palavras como novo treinador tentando renovar a esperança do torcedor brasileiro com o futebol, após a humilhante derrota sofrida pela Alemanha por 7 a 1, na semifinal da última Copa do Mundo. O novo comandante destacou que o planejamento será algo importante mirando a Copa de 2018 e prometeu resultados.
“’É um prazer estar aqui outra vez, uma grande felicidade. Vamos trabalhar juntos com as categorias de base, com o Gallo, e a coordenação do Gilmar no futebol também. A CBF iniciou esse planejamento há dois anos e vamos dar sequência. Não precisamos fazer dessa Copa do Mundo uma terra arrasada, há coisas que foram boas. A gente viu na Copa que é importante o talento, mas o planejamento também é muito”
Na primeira passagem, o resultado logo apareceu e o treinador comandou a Seleção na conquista da Copa América 2007 e da Copa das Confederações em 2009. Foram 60 jogos no comando da Seleção, com 42 vitórias, 12 empates e apenas seis derrotas, entre elas a fatídica partida contra a Holanda, perdida por 2 a 1 que resultou na eliminação do Brasil nas quartas de final da Copa 2010. Logo depois, o treinador foi demitido pelo presidente da CBF na época, Ricardo Teixeira.
Depois disso, Dunga só teve um trabalho como treinador, e não foi tão bem. No comando do Internacional, no ano passado, o time colorado conquistou o Campeonato Gaúcho de forma indiscutível, mas não teve a mesma sorte na Série A, sendo demitido após 10 meses de trabalho, com quatro derrotas consecutivas. Foram 53 partidas no Inter, com 26 vitórias, 18 empates e nove derrotas.