A Comissão Especial de Inquérito (CEI) na Câmara Municipal realizou sua primeira reunião e escolheu presidente, vice e relatoria dos trabalhos. Os principais cargos ficaram com membros da base aliada ao prefeito, que não assinaram o requerimento para que comissão fosse aberta. Apenas três, dos sete membros contribuíram para que a investigação fosse iniciada.

O presidente escolhido foi o vereador Izídio Alves (PMDB). A vice-presidente é Cristina Lopes (PSDB) e o relator é Tayrone di Martino (PT). Izídio afirma que a relação partidária que tem com Paulo Borges, que também é do PMDB, não vai atrapalhar os trabalhos da CEI.

Paulo Borges foi preso e denunciado pela Operação Jeitinho, do Ministério Público, que apura venda de licenças e pagamento de propinas na AMMA. “Eu não sou conveniente em nenhuma situação. Eu tenho um respeito com todos vereadores e pessoas envolvidas. Eu espero que possamos resolver da melhor forma possível,” diz.

A vice-presidente da Comissão, vereadora Cristina Lopes (PSDB) questiona o fato de que apenas dois vereadores foram favoráveis, no primeiro momento, à criação da CEI da AMMA. “Eu espero que haja isenção partidária e que a investigação seja feita de uma maneira clara e objetiva. Os dois vereadores assinaram pela criação da comissão, enquanto a maioria dos membros da CEI não assinaram o documento,” opina.

Já o relator da comissão, Tayrone di Martino, também vai representar e enviar informações ao conselho de ética da Câmara, que mantém investigação paralela em relação aos vereadores Wellinton Peixoto (PSB) e Paulo Borges.

“O Conselho de Ética precisa de informações do que está acontecendo na Câmara. Como relator eu posso passar informações. O próprio conselho de ética tem um processo diferente. Uma coisa é a investigação de questões de licença em Goiânia e outra é investigar os vereadores da Câmara”, disse o petista.

As sessões da CEI da AMMA acontecem todas as terças-feiras, às duas horas da tarde.