Representantes de duas distribuidoras foram ouvidas pelos membros da Comissão Especial de Inquérito (CEI dos Combustíveis).
Shell e UBP negaram qualquer tipo de cartel e foram questionadas sobre os valores de compra e venda de combustíveis.
Segundo explica o advogado da Shell, Antônio Martins, o preço repassado é a soma do valor de compra das usinas, custo de distribuição, incluindo impostos, e margem de lucro.
“Cada distribuidora tem seu canal de distribuição, que são os postos da sua bandeira. Em Goiânia existem mais de 40% dos postos que são bandeiras brancas, mas a relação que existem da distribuidora com os seus clientes é apenas com aqueles da sua bandeira. A Shell não tem nenhum tipo de relacionamento com outra distribuidora”, alega.
Ele afirmou que os preços variam de acordo com a época do ano, com a oferta do produto, e com os custos de distribuição e os impostos.
A CEI dos Combustíveis foi instalada no dia 11 de abril. O prazo para apresentar resultados é de 90 dias, prorrogáveis por igual período.
Segundo o Presidente da Comissão, vereador Djalma Araújo (PT) a prorrogação é inevitável.
O vereador ainda ressalta que nos próximos dias serão ouvidos os representantes da Petrobrás, e ainda será feito uma acareação entre a direção do Sindiposto e uma distribuidora.
“A falta de verdade dessas pessoas é natural. Testemunha não vem falar a verdade. Cabe a gente fazer as nossas investigações. Elas não vêm aqui para dar provas contra elas mesmas”, relata.
Além do Sindispoto e das distribuidoras, a Comissão também ouviu alguns donos de postos.
Investigando os aumentos excessivos e adulterações dos combustíveis, o vereador Djalma Araújo afirma já ter dados concretos sobre a formação de cartel.
“Nós temos alinhamento de preços, e vamos continuar com as blitz, as pessoas estão sabendo disso”, garante.