O modelo é semelhante ao que ocorre no setor de telecomunicações, em que a pessoa adquire um cartão com uma determinada quantidade de crédito que deseja para utilizar serviços oferecidos por uma operadora. De acordo com o presidente da Celg, José Eliton, a empresa goiana, juntamente com companhias de outros estados, aguarda uma homologação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para saber se o serviço poderá ser implantado ou não.
“Primeiro temos que aguardar para ver se é possível fazer isso tecnicamente, e se a lei permite que faça isso. A ideia é funcionar como funciona hoje o sistema de telecomunicações. Você tem hoje o celular pré-pago, onde você adquire créditos e fala por um determinado período”, comentou José Eliton.
Segundo o presidente da empresa, a nova prática deverá ser empregada primeiramente em setores isolados do fornecimento de energia, como um teste do novo sistema. “Inicialmente um projeto piloto, seja no setor residencial, ou no setor empresaria, e, tendo sucesso, nós continuaríamos avançando a sociedade disponibilizando uma forma a mais para a sociedade optar no pagamento da energia”, descreveu
O serviço de energia pré-paga já existe no Brasil. A primeira empresa a oferecer este tipo de serviço foi a Ampla Energia e Serviços S/A, ainda em 2006. A empresa atende 60 municípios do estado do Rio de Janeiro. De acordo com a Aneel, o fornecimento de energia pré-pago só poderá ser feito com a concordância do consumidor.
Além de contribuir para a redução das perdas de energia e da inadimplência, a nova modalidade vai auxiliar no controle de gastos e do consumo residencial, pois permitirá ao consumidor o acompanhamento diário do saldo da conta em quilowatt-hora (kWh) e em reais.