O meia Celsinho, um dos quatro jogadores dispensados pela diretoria do Vila Nova Futebol Clube no último sábado – os outros, são: Wallace, Liel e Dimba – topou bater um papo com a rádio Sagres 730. Por telefone, a caminho de São Paulo, o meio – campista deu a sua versão sobre a saído do clube e minimizou o fato de não ter conseguido jogar bem.
“Vejo que é resultado. Um grande clube como o Vila Nova depende de resultados e quando não acontecem, uma torcida passional como a do Vila Nova tenta encontrar qual e de quem foi erro, mas vejo que foi mais pela questão de resultado e nem tanto por rendimento, porque eu tive uma partida como titular na estreia e depois uma saída precoce no segundo jogo. Nos outros, entrei no decorrer, então vejo que foi uma questão de resultados mesmo”.
Com contrato até o fim da Série C, Celsinho ainda não sabe como será o acerto financeiro, mas se propõe a ceder por causa do momento complicado por causa do avanço do coronavírus.
“Agora a gente vai entrar na fase para sabermos os valores para um acordo. É óbvio que eu também não posso abrir mão de tudo que eu tinha direito no contrato, mas também não posso exigir tudo pela situação que vive o Vila, mas também os outros clubes que foram pegos de surpresa”, explicou o meia, que encarou com normalidade a decisão da diretoria colorada.
“Foi tudo tranquilo. Durante a semana o presidente me chamou para uma conversa e devido a essa crise que pegou os clubes e nós jogadores de surpresa, nós optamos pela melhor situação que foi essa rescisão”.
Celsinho (Foto: Divulgação Vila Nova FC)
Sobre a paralisação do futebol por causa do coronavírus, Celsinho concordou com a decisão, mesmo com o desejo de terminar a primeira fase do Goianão com a camisa colorada,
“Nós jogadores, por várias vezes conversamos. Nós tínhamos essa preocupação. Não só com a gente, mas com as pessoas que participariam dos jogos e aí poderia ser algo fora do normal. Nós tivemos essa conversa para que tomassem a melhor decisão possível. Esperávamos que terminasse essa primeira fase pra definir os classificados, mas não podemos ser egoístas e pensar no clube e em nós, temos que pensar no caos que o país vem passando”, disse Celsinho, que também lembrou dos problemas que pequenos empresários devem superar por causa da crise.
“Ninguém nunca passou por isso. Quem tem empresa pequena, autônomos, nós jogadores, parou tudo. Quem tem empresa grande, de alguma maneira consegue tocar. Isso acabou atrapalhando muito, pra jogador de futebol nem se fala. O mais correto foi parar mesmo, embora a gente sofra muito”, finalizou.