A cidade convive com problemas diuturnamente e o fato é que a poluição concentra a maioria deles. A sujeira no visual se intensifica dia após dia e os maiores poluidores são os políticos, sobretudo os dos governos estadual e municipal, além de vereadores e deputados estaduais. A sujeira do chão não é caso somente para os superbem pagos da Comurg, mas para todos os goianienses e visitantes. Para as duas questões há bons exemplos nas duas maiores metrópoles do Brasil, o projeto Cidade Limpa, em São Paulo, e a Operação Lixo Zero, no Rio de Janeiro.
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Goiânia precisa devolver as suas belezas para os olhos de moradores e turistas. Cem por cento dos horizontes foram lotados de outdoors em suas diferentes e assustadoras formas. Executivos municipal e estadual plantam imensos cartazes anunciando suas obras. Empresários fazem de praças e ruas chiqueiros de suas emporcalhadas intenções. Vereadores como Charles Bento, suplentes como Saulo Furtado, deputados como Helder Valin e ex-parlamentares como Leandro Sena poluem o visual com faixas tão idiotas quanto seus autores. Portanto, a poluição cobre as atrações de Goiânia e tapa também a mente de seus políticos.
Em São Paulo, a Operação Lixo Zero multa em até 3 mil reais os sujismundos que atiram no chão papel ou demais objetos, como lata de cerveja ou guimba, bagana, pituca, essa pontinha da droga infelizmente lícita chamada cigarro. É difícil flagrar, mas é preciso punir os poluidores. Algumas praças de Goiânia são imundas, não porque os garis não recolham, mas porque os vizinhos depositam os sacos de restos na hora errada ou simplesmente querem destruir o bem público.
Para implantar o projeto Cidade Limpa e a Operação Lixo Zero é preciso que a população fique ao lado do prefeito, pois os porcalhões, sobretudo aqueles com mandato na Câmara Municipal, odeiam Goiânia. Eles lucram com as diversas poluições, são financiados por empresas poluidoras e até possuem firmas de painéis que empesteiam a Capital. No interior do Estado, a baderna criminosa é a mesma. Goiânia já é, proporcionalmente, mais violenta que Rio e São Paulo. Falta ser mais limpa.