O presidente do Goianésia, Marco Antônio Maia, comentou a paralisação do futebol em entrevista ao Sistema Sagres de Comunicação. O Azulão do Vale jogaria contra o CRB na última quarta-feira (17), mas a partida pela 1ª Fase da Copa do Brasil precisou ser adiada. O dirigente disse que futebol está pagando pelos erros de outros setores.

“O futebol está pagando o preço de alguns segmentos que não tomaram os devidos cuidados. Poderia ter corrido atrás de vacina, preparado o sistema hospitalar, mais isso do que fazer a suspensão de alguns eventos, que traz impacto mais financeiro do que combate ao vírus”, argumentou.

Segundo Marco Antônio, o futebol é um ambiente seguro e que segue rígidos protocolos, o que não justifica a paralisação. “Temos seguido protocolos rígidos, feito vários exames. O Goianésia tem um time modesto, desde o ano passado pra cá foram quase 500 testes de Covid-19 que nós fizemos. Não tivemos nenhum caso grave de contaminação, ninguém ficou internado”, explicou.

Copa do Brasil

Para o presidente, o jogo diante do CRB poderia ter ocorrido, já que a equipe alagoana se encontrava em Goiás para realização da partida. “Entendemos que estamos em um momento complicado, mas chegaram aqui e poderiam ter tido um bom senso, conversado com a CBF, os times e deixado pelo menos fazer esses jogos da Copa do Brasil que já estavam marcados”, opinou.

Marco Antônio afirmou que Goianésia seguiu o decreto estadual e as orientações da FGF. O mandatário vive a expectativa que o jogo seja remarcado para a próxima semana em outro local, mas acredita que o campo neutro prejudica a equipe menor.

“Apesar de não ter torcida, o fator campo é influência. A gente é acostumado a jogar dentro de casa, eles teriam o desgaste da viagem. Agora no campo neutro iguala tudo, mas o CRB vai continuar com a vantagem do empate, mesmo o jogo não sendo em Goianésia”, lamentou Marco Antônio.

Prepração

Com nova paralisação, o Goianésia ficará sem treinar e poderá voltar a campo no Goianão somente no dia 1º de abril, quando recebe o Vila Nova. Para Marco Antônio, essa nova indefinição traz angústia aos profissionais.

“Nosso time passou muita dificuldade ano passado, assim como o Brasil passou. Foram quase três meses desempregados e os jogadores sabem o risco do futebol não voltar novamente. Então abala o psicológico de todo mundo que vive de futebol”, afirmou.

Junior Kamenach é estagiário do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com IPHAC e a Faculdade UniAraguaia, sob supervisão do jornalista Charlie Pereira