(Foto: Reprodução/ ONU)

A nova chefe de direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet, comentou a condenação de dois jornalistas da agência de notícias Reuters em Mianmar, pedindo a libertação imediata deles.

Kyaw Soe Oo conhecido como Moe Aung e Thet Oo Maung também chamado de Wa Lone foram sentenciados a sete anos de prisão. 

Cidadãos rohingya

Eles estavam detidos desde dezembro do ano passado quando foram acusados de violar segredos de Estado.

Os dois repórteres, que são birmaneses, investigavam um massacre de 10 cidadãos rohingyas, ocorrido em setembro de 2017, no estado de Rakhine, no norte do país.   Segundo a mídia local, os jornalistas foram presos logo após receber os documentos.

Michelle Bachelet disse que os dois têm de ser libertados imediatamente e sem nenhuma condição. Para ela, a reportagem sobre o massacre no vilarejo de Inn Din, no estado de Rakhine, era de interesse público e não teria vindo à luz, se eles não tivessem escrito sobre o tema.

Mensagem

A alta comissária de direitos humanos diz ainda que a sentença desrespeita o processo legal de padrões internacionais. A condenação também envia uma mensagem a todos os jornalistas em Mianmar de que não podem operar sem medo, levando com que se autocensurem ou enfrentem julgamento.

Bachelet disse que a condenção tem de ser suspensa libertando os jornalistas e outros profissionais da imprensa que estejam detidos por exercerem seu direito legítimo à liberdade de expressão.

A onda de violência à minoria rohingya in Mianmar já obrigou mais de 700 mil rohingyas a fugirem para Bangladesh, o país vizinho.