O helicóptero Koala Escorpião, prefixo PPCG, da Polícia Civil, passou por revisão de 300 horas de voo, no período de 4 a 7 deste mês, segundo informações do Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer). A manutenção teria sido feita em oficina autorizada pela Agência Nacional de Ação Civil (Anac). A aeronave caiu em fazenda próxima ao município de Piranhas e matou oito pessoas. Ela foi adquirida em 2010 e começou a ser utilizada operacionalmente em setembro de 2011.

A equipe do Graer afirma que aguarda o resultado da perícia para descobrir as causas do acidente, mas descarta falha humana. “Com certeza absoluta que não houve falha na pilotagem. Ambos tinham grande experiência”, avalia o chefe da Seção de Manutenção do Graer, capitão Alessandro Arantes. Ele acrescenta que a aeronave passava obrigatoriamente todos os dias por inspeções pré e pós voo, feitas pela equipe técnica especializada da Polícia Civil. A cada 25 horas de voo é feita a revisão por mecânicos da PC. A cada 300 horas é feita a revisão na oficina autorizada pela Anac. A aeronave deu entrada na sexta, dia 4, e saiu segunda, dia 7″, assegurou.

De acordo com o capitão, os dois pilotos eram experientes. O delegado Osvalmir Carrasco Melati Júnior (38), era piloto há quase 10 anos. Ele possuía mais de mil horas de voo e era o comandante da aeronave. “Ele era o piloto que mais voou nesse modelo de aeronave em Goiás. A conhecia como a palma da mão”, comenta.

Carrasco era também instrutor de voo de helicóptero, piloto comercial de helicóptero e participou de curso de segurança de voo. “Ele acompanhava as manutenções da máquina e tinha um bom conhecimento do manual de voo. Inclusive, ele fez o treinamento com o fabricante americano e veio dos Estados Unidos como segundo piloto trazendo o Koala para Goiás”, lembra.

O modelo Koala exigia dois pilotos. Carrasco ocupava o comando, como primeiro piloto, e o delegado Bruno Rosa Carneiro (32), era o segundo piloto. Ambos possuíam autorização da Anac para pilotar esse tipo de helicóptero. Bruno possuía mais de 500 horas de voo e se preparava para assumir o comando da aeronave. Ele também atuava como instrutor teórico de voo e piloto comercial de helicóptero. “Estava prestes a assumir o comando da aeronave. Era um ótimo piloto, com formação pela Edra Aeronáutica, uma das melhores escolas de aviação da América Latina”, argumenta o capitão.

Do Goiás Agora.