O hobby não é o único uso da bicicleta, aliás, nem é o primeiro deles. Milhares de goianienses utilizam o veículo como meio de condução para atividades pessoais e profissionais. O assistente administrativo, Nilton César da Silva, 42, diariamente, vai do Residencial Recanto do Bosque até o Setor Santa Genoveva, onde trabalha. “Eu levo cerca de 30 minutos para fazer o percurso,” diz o ciclista.

Nilton reclama da falta de estrutura para o ciclista em Goiânia. Ele também esbraveja contra o desrespeito dos motoristas. “Em alguns locais, eu preciso descer da bicicleta para atravessar as ruas, pois ninguém me deixa passar,” lamenta.

Há um ano e três meses, o assistente financeiro Hugo Sérgio Moreira Santana, 30, trocou o carro pela bicicleta para fazer o percurso entre sua residência, na Vila Adélia, na região Oeste de Goiânia e o Setor Santa Genoveva, na região Norte. O homem explica que fez a mudança devido aos altos custos do transporte motorizado e também aos engarrafamentos tão comuns nos horários de pico na capital.

Assim como Nilton, Hugo diz que a maior dificuldade não é os 14 km que separam sua casa do local do trabalho, mas o desrespeito de grande parte dos motoristas goianienses. O rapaz comemora o fato de já ter levado alguns sustos, mas nunca ter se envolvido em um acidente.

No ano passado, a Prefeitura de Goiânia implantou a primeira ciclovia permanente da cidade. A Avenida Universitária, que liga a Praça Cívica à Praça Universitária, ganhou 2,5 km de via exclusiva para os ciclistas.

A Prefeitura também já lançou outro projeto de ciclovia, que unirá O Campus Samambaia ao Campus Universitário, ambos da Universidade Federal de Goiás. A obra tem extensão de 12 km, e corta bairros como o Itatiaia, São Judas Tadeu, Nova Vila e Vila Nova.