O atendimento em Goiânia foi normalizado em acordo fechado da Secretaria Municipal da Saúde e a Cooperativa dos Cirurgiões Cardiovasculares de Goiás (Copaccardio).

A paralisação parcial das cirurgias começou em dezembro de 2009 e se prolongou por 12 meses, e foi causada pela insatisfação da classe profissional com a tabela de pagamento do Ministério da Saúde.

Antes o ganho por cirurgia era cerca de R$ 900,00. Com o termo de acordo, a equipe de cirurgiões formada por seis médicos, passa a ganhar o valor de R$ 2500,00. A negociação tem validade de um ano, mas além desta reivindicação, a classe médica tem exigido maior qualidade de serviço prestado.

“Foi acertado o estabelecimento de uma mesa durante seis meses de negociação com acompanhamento do Conselho Municipal de Saúde para discussão da pauta de reivindicações da classe profissional médica. O acordo vigora por um ano, e estou seguro de que por meio de um processo de diálogo bem estabelecido e adequado só poderemos ter como conseqüência a superação dos impasses e não o encontro de novos obstáculos”, garante o secretário de saúde Elias Rassi, ao confirmar o acordo que quebra a paralisação.

No período da não realização das cirurgias, a Secretaria encaminhou a maioria dos pacientes cardiopatas graves que necessitavam de operação para Brasília, São Paulo e Curitiba. Em 2010, no período da paralisação, foram realizadas 470 cirurgias na capital, enquanto em 2009 foram 1188 intervenções cirúrgicas.

Segundo o diretor da Copaccardio, Wilson Silveira, o retorno ao atendimento é imediato. Ele ressalta o alívio da categoria e ao mesmo tempo a tristeza pelas crianças que morreram ano passado em decorrência da falta de cirurgias.

“Hoje nos sentimos aliviados, pois a partir de agora há uma grande possibilidade uma de que isso não venha mais ocorrer”, promete o diretor. A cooperativa é composta por 18 cirurgiões cardiovasculares.