Tudo saiu conforme o esperado no procedimento cirúrgico do técnico Enderson Moreira, no início da tarde desta quarta-feira, no Hospital Anis Rassi. Depois de duas horas de operação, Enderson já foi encaminhado para o quarto e terá alta nesta quinta-feira, segundo o médico e vice-presidente Sérgio Rassi, que comandou a equipe. Enderson pode, inclusive, estar no Serra Dourada no domingo, acompanhando das tribunas o duelo entre Goiás e Santos.

Enderson tinha um forame oval patente (FOP), um pequeno buraco que liga o átrio direito ao átrio esquerdo, que normalmente é fechado com poucos dias de vida, mas que se mantém em algumas pessoas e pode causar embolias cerebrais e, raramente, até um derrame cerebral. A cirurgia consistiu em fazer a oclusão desse forame oval em um procedimento simples, feito por cateterismo.

Na última terça-feira, Enderson já se mostrava tranquilo com o procedimento e ciente do que passaria no pós-operatório, já que ele só estará liberado para fazer atividades físicas no período de um mês. O treinador, que descobriu o forame oval patente depois de uma bateria de exames ocasionada por um mal súbito há três anos, destacou que ele precisava pensar um pouco mais nele e tentou explicar a escolha pela data da cirurgia.

“Eu tenho um prazo de recuperação e eu teria que fazer isso a um prazo muito anterior. O Dr. Sérgio falou que não era urgente, mas que se fosse ele, faria imediatamente naquela oportunidade. Eu estou convivendo com esse risco faz muito tempo em virtude do Goiás. Não é que eu quero curtir férias, apesar de entender que eu mereça muito isso. Eu me doei muito durante esse tempo todo, abri mão de muita coisa, abro mão da minha família, mas chega um ponto que eu preciso pensar em mim também”