Os programas de sócio-torcedor ganharam força no Brasil e, nos últimos anos, têm recebido muitas adesões, principalmente nos grandes clubes brasileiros. As agremiações estão investido pesado na fidelização da torcida e alguns fatores contribuem para o sucesso de times como Palmeiras, Corinthians e Internacional, por exemplo.

Em 2015, o Palestra Itália turbinou os números de seu sócio-torcedor e, hoje, é o segundo com mais sócios no Brasil, com mais de 126 mil. O primeiro colocado é o rival Corinthians, com mais de 128 mil. Os motivos que impulsionaram o crescimento dos fidelizados desses clubes são semelhantes. Ambos inauguraram novos e modernos estádios recentemente e também viveram bons momentos dentro de campo nas últimas temporadas.

No futebol goiano, os times também tentaram entrar na onda da fidelização de torcedores. Goiás e Vila Nova recriaram seus planos para tentar alavancar as receitas. A iniciativa, no entanto, ainda não surtiu o efeito desejado pelos clubes.

Reflexo do campo

No Alviverde, o Nação Esmeraldina foi reativado no final de 2014. À época, a diretoria esperava que o programa obtivesse oito mil adesões em 2015. De acordo com cálculos da direção, se os números fossem alcançados, R$ 200 mil seriam adicionados aos cofres do clube mensalmente.

A expectativa dos mandatários não se concretizou e, segundo o site do Movimento Por Um Futebol Melhor, o Verdão tem 1.286 torcedores cadastrados no Nação Esmeraldina. Diante do baixo número de adeptos, o clube reformulou o programa no início deste ano, simplificando os planos e aumentando os benefícios para os sócios. Mesmo assim, o Nação não decolou e está longe de atingir o objetivo inicial.

Muito do insucesso do programa talvez se explique pelo desempenho do time em campo. No ano de relançamento do sócio-torcedor, o clube foi rebaixado para a Série B e, nesta temporada, o Goiás está em 16º na Segundona, desmotivando os torcedores a aderirem ao plano.

Tigrão vai bem

No início de 2014, o Vila Nova também relançou seu programa de sócio-torcedor. O Sócio-Tigrão existia desde 2008, mas não caiu nas graças da torcida e a diretoria decidiu reformulá-lo. À época da modernização dos planos, a diretoria afirmou que a meta era alcançar seis mil associados até o fim de 2014.

A expectativa não se tornou realidade naquele ano, mas, hoje, o Tigrão conta com 6.449 sócios, segundo o Futebol Melhor. Os dados fazem do time colorado o 27º clube em número de torcedores fidelizados no Brasil.

Mais uma vez, os números do quadro social refletem o rendimento do gramado. Com campanha de recuperação brilhante no ano passado, o Vila impulsionou seu quadro social e tem mais sócio-torcedores que equipes como Náutico, que atua em um estádio moderno e Chapecoense, que está na Série A.

Aliste-se aqui

Em grande fase, o Atlético também quer entrar na onda da fidelização de torcedores. Sem um programa de sócios, o Dragão está divulgando o Alistamento Rubro-Negro, que cadastra pessoas interessadas em aderir a um eventual quadro social. A intenção do clube é mapear o torcedor atleticano e verificar a demanda pelo programa.

A ideia é desenvolver o projeto a partir dos dados coletados. Segundo a Comunicação do Atlético, o programa de sócio-torcedores não deve ser lançado em um período próximo e informou que o Alistamento Rubro-Negro é um projeto de médio prazo. De acordo com o clube, cerca de 600 atleticanos já se cadastraram.