Em reunião na tarde desta quarta-feira (22), o Centro de Operações de Emergências (COE) em Saúde Pública de Goiás para Enfrentamento ao Coronavírus, decidiu manter as aulas presenciais no Estado suspensas até o final de agosto, com previsão de retorno a partir de setembro, de forma gradual e planejada.

Segundo o COE, por meio de nota, a orientação sobre a possível data de volta às aulas será reavaliada na segunda quinzena do próximo mês, considerando a evolução da epidemia. A decisão de prorrogar a suspensão das aulas presenciais se fundamentou no aumento de casos da Covid-19 no Estado, que ainda torna inseguro o retorno dos estudantes e professores, neste momento.

Ainda na nota, o COE argumenta que “medidas sanitárias já adotadas em outros locais apontam para uma retomada segura a partir do momento em que o Estado apresente uma redução no registro de novos casos, mantendo essa tendência de queda por, no mínimo, duas semanas consecutivas”.

O assunto foi debatido na reunião com autoridades das redes pública e privada de educação, além de representantes do Conselho Estadual de Educação, sindicatos de profissionais, entre outros.

Um grupo técnico apresentou orientações que deverão ser trabalhadas conjuntamente para atualização do Protocolo de Retorno das atividades educacionais presenciais no Estado, entregue pelos órgãos da educação na reunião da semana passada. O documento será aprimorado nos próximos dias, para submissão ao COE, com os itens sugeridos.

Ainda segundo o COE, do ponto de vista sanitário, não há impedimento para que atividades administrativas e de preparo das aulas sejam realizadas presencialmente nas instituições, desde que os protocolos de segurança, já adotados em outros locais, sejam cumpridos. Entretanto, essa não é uma determinação do Centro de Operações, visto que cabe às autoridades da educação deliberar sobre essas questões.

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a volta às aulas no país coloca em risco não apenas crianças, adolescentes, professores e funcionários de escolas. O estudo da Fiocruz aponta que o retorno também pode representar ameaça de contágio pela Covid-19 para outros 9,3 milhões de adultos e idosos, que estarão em contato com esses estudantes na mesma casa.