Não era atoa a pergunta feita: era uma missão impossível? A resposta veio a galope comprovando a diferença entre as equipes era mesmo muito grande. Com um time que criou pouco, o Atlético foi superado com facilidade pelo Cruzeiro e sua arma mortal, a bola parada na área, marcando 5 a 0 e praticamente eliminando o Dragão da competição.
O Jogo
Para quem esperava uma pressão inicial do Cruzeiro, se surpreendeu com a postura do Atlético, que não ficou somente na defesa e tentava manter a posse de bola. Aos oito minutos, a primeira chance foi do Dragão, com chute de longe do lateral Ernandes que assustou o goleiro Fábio. Aos nove, a defesa rubro-negra parou em campo como um time juvenil: Márcio se chocou com Artur e ficou caído, mas o lance continuou e Diego Souza, que nada tinha a ver com a história, aproveitou bola espirrada e abriu o placar.
Márcio teve de ser atendido e voltou para o jogo com um grande hematoma no rosto. Mesmo assim, o Atlético não se abalou. Com boa atuação de Jorginho, o Atlético tentava as escapadas, como aos 16min, quando Pipico entrou na área e tentou o chute cruzado, mas a bola passou na frente do gol e ninguém completou. O Cruzeiro respondeu à altura aos 24min, quando Diego Souza, de longe, disparou uma bomba para grande defesa de Márcio.
O Cruzeiro, que parecia um time mais tranquilo em campo, não chegava tanto, mas era mortal dentro da área. Aos 31min, na jogada mais conhecida da equipe mineira, a bola parada, saiu o segundo gol. Souza cobrou falta na esquerda e o garoto Vinícius Araújo subiu no 2º andar para testar firme e estufar a rede rubro-negra. O gol quebrou um pouco o ritmo da partida, que voltou a ser de muita marcação.
A bola alçada era mesmo a arma mais cruel do time celeste, e o terceiro também surgiu dessa forma. Aos 43, dessa vez em falta do lado direito, Egídio cruzou e o zagueiro Dedé subiu alto e cabeceou, com Márcio paralisado, sem reação. Na saída do gramado, o meia João Paulo resumiu que o time estava bem abaixo e fora da proposta de jogo que foi combinada.
2º tempo
Para buscar essa proposta, o técnico René Simões voltou para a etapa final com Róbston e Juninho nas vagas de Jorginho e Pipico. Mesmo assim, foi o Cruzeiro que se manteve em cima, buscando sempre aumentar o largo placar que já tinha. E assim conseguiu. Aos 12 minutos, Egídio fez jogada na ponta esquerda e cruzou, a bola passou por Vinícius Araújo, mas não por Everton Ribeiro, que com gol aberto, marcou o quarto.
Aos 17, o Atlético teve a única felicidade da partida: ficou com um a mais em campo. O zagueiro Bruno Rodrigo perdeu o controle da bola, perdeu para João Paulo e deu um carrinho violento no jogador, na frente do árbitro, que não titubeou e expulsou. Mesmo assim, o Atlético não saiu de suas caracteristas e não criou muito, mas o Cruzeiro sim.
Aos 30 minutos, Egídio roubou a bola de Diogo Campos, evoluiu pelo lado direito e de muito longe, disparou um chutaço que Márcio sequer viu a bola, marcando o quinto gol. Mesmo com um a mais e com a entrada de Caio no time, o Atlético não conseguia mais levar perigo e se mostrou entregue.
FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 5 x 0 ATLÉTICO-GO
Data/horário: 09/07/2013, 21h50
Local: Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Rodrigo Nunes de Sá (RJ)
Auxiliares: Luiz Cláudio Regazone e Jackson Massarra dos Santos
GOLS: Diego Souza, 9’1ºT (1-0), Vinícius Araújo, 31’1ºT (2-0), Dedé, 43’1ºT (3-0), Everton Ribeiro, 12’2ºT (4-0) e Egídio, 31’2ºT (5-0)
Público/Renda: 12.403 pessoas/R$411.540,00
Cartões amarelos: Dedé (CRU) e João Paulo (AGO)
Cartões vermelhos: Bruno Rodrigo (CRU)
CRUZEIRO: Fábio, Mayke, Bruno Rodrigo, Dedé e Egídio. Nilton e Souza. Everton Ribeiro (Tinga), Diego Souza (Léo), Luan e Vinícius Araújo (Ricardo Goulart,). Técnico: Marcelo Oliveira.
ATLÉTICO-GO: Diogo Campos; John Lennon, Artur, Diego Giaretta e Ernandes; Marino, Dodó, Jorginho (Róbston) e João Paulo (Caio); Pipico (Juninho) e Ricardo Jesus. Técnico: René Simões.