A luta é diária para times que estão na temida “zona do rebaixamento” e não é diferente no Atlético. E quando essa luta não vale de nada devido a uma infelicidade, um lance bizarro? O Atlético conviveu com isso na noite desta sexta-feira, quando um gol contra incrível de Régis impediu o time de sair do Z-4: o Dragão perdeu para o Ceará em pleno Serra Dourada, por 2 a 1, e viu sua situação complicar demais há cinco jogos do fim da Série B.

O Jogo

Os primeiros minutos mostraram um Ceará com passe mais qualificado, maior posse de bola, mas era o Atlético quem mais assustava e quem mais criava chances. A primeira escapada foi logo aos cinco minutos, quando Juninho tentou ganhar na velocidade de Gustavo, mas o chute saiu travado, para escanteio. Aos 12, a chance foi mais clara, com Bida, que recebeu de Juninho na entrada da área e chutou rasteiro, com a bola raspando a trave direita de Fernando Henrique.

O Atlético chegou a assustar mais uma vez, em chute de Fábio Lima, de fora da área, aos 20min, mas foi pouco para superar a melhor qualidade do outro lado. Qualidade que foi fatal aos 23 minutos da etapa inicial. Em grande assistência, Ricardinho achou o experiente Magno Alves em velocidade, a defesa rubro-negra parou e o “Magnata”, como é conhecido, tocou na saída de Márcio para abrir o placar.

O Atlético, valente, continuou tentando e assustando, como aos 26 minutos, em chute do volante Pedro Bambu que fez Fernando Henrique espalmar. A partir daí, o que se viu foi um Atlético muito nervoso e que ficava ainda pior a cada vaia impaciente dos torcedores que estiveram no Serra Dourada. O principal alvo foi o lateral direito Rafael Cruz, que chegou a errar cobrança de lateral, para desespero dos rubro-negros.

2º tempo

O Dragão voltou para a etapa final com uma mudança: a entrada de João Paulo no lugar de Rafael Cruz. Só que parece que a principal alteração tenha sido na postura da equipe. Logo com 30 segundos, o Dragão quase empatou em cruzamento de Juninho para João Paulo, que testou por cima. Com dois minutos, Bida tentou achar o ângulo esquerdo de Fernando Henrique, mas a bola subiu demais.

Aos sete, de tanto tentar e errar, o camisa 10 rubro-negro conseguiu colocar o pé na forma. Fábio Lima desceu em velocidade, tabelou com Ricardo Jesus e chutou colocado, no canto esquerdo, na saída de Fernando Henrique, que não pôde evitar o empate. O gol animou os atleticanos, que pressionaram ainda mais. Aos 16, João Paulo pegou sobra de escanteio e, da entrada da área, chutou à esquerda do gol.

Aos 17, a chance foi ainda mais clara: em escanteio da direita, o zagueiro Alex Moraes subiu no terceiro andar e testou firme, mas a bola tirou tinta da trave direita do Vozão. Aos 23, veio um castigo inesperado: Léo Gamalho lançou Diogo Orlando, e antes da bola chegar para o meia, Régis desviou e encobriu Márcio, que saia do gol para cortar a jogada. Gol contra bizarro que desmoronou o Atlético.

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O técnico Gilberto Pereira tentou dar ânimo e colocou Adriano Michael Jackson no time, na vaga de Juninho. No primeiro lance do atacante, o atacante ganhou da zaga, dividiu com o goleiro e com o gol aberto, caiu pedindo pênalti, mas o árbitro mandou seguir. Tentando pressionar na base do “abafa”,  o Atlético cedeu espaços.

Quando Anderson Conceição foi para o ataque e deixou a defesa aberta, o Ceará ampliou. Bida errou o passe no campo de defesa, Diogo Orlando roubou e disparou, passou por Alex Moraes e só rolou para Léo Gamalho, com muito frieza e com Márcio caído, dar números finais à partida.

FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-GO 1 X 3 CEARÁ

Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia (GO)
Data: 01 de novembro de 2013 (sexta-feira) 
Horário: 21h50 (de Brasília) 
Árbitro: Alinor Silva da Paixão (MT) 
Assistentes: Lincoln Ribeiro Taques (MT) e Leandro dos Santos Ruberdo (MS)

Público e Renda: 2.972 pagantes/ 3.572 presentes/ R$59.005,00

Cartão Amarelo: Xaves, Ricardinho (CEA); Anderson Conceição, João Paulo (ACG)

GOL: Magno Alves 23’ 1T (0-1); Fábio Lima 7’ 2T (1-1); Régis (contra) 23’ 2T (1-2); Léo Gamalho 39’ 2T (1-3)

ATLÉTICO-GO: Márcio; Rafael Cruz (João Paulo), Alex Moraes, Anderson Conceição e John Lennon (Jorginho); Pedro Bambu, Régis, Bida e Fábio Lima; Juninho (Adriano Michael Jackson) e Ricardo Jesus.
Técnico: Gilberto Pereira

CEARÁ: Fernando Henrique, Marcos, Gustavo, Potiguar e Vicente; Xaves (Gallardo), Ricardinho (Diogo Orlando) e Thiago Humberto; Lulinha, Léo Gamalho (Diego Ivo) e Magno Alves.
Técnico: Sérgio Soares