A torcida do Atlético já pode tirar o grito da garganta: único time goiano que vai disputar à elite do futebol brasileiro em 2017, o Dragão confirmou, com duas rodadas de antecipação, o título da Série B do Brasileirão ao vencer por 5 a 3 o Tupi, no estádio Olímpico, neste sábado (12). O local da partida torna a conquista ainda mais simbólica, já que o palco tornou-se, durante a campanha campeã, a verdadeira casa atleticana. Foram mais de 40 mil torcedores que acompanharam o Atlético no estádio Pedro Ludovico Teixeira. De quebra, o clube campineiro se tornou o maior campeão nacional do Centro Oeste.

Com o resultado, o Atlético chega aos 70 pontos e não pode ser mais alcançados pelos rivais. De quebra, o atual elenco rubro-negro entra para história do clube. Essa é a maior pontuação que o Dragão conquistou em toda história do Campeonato Brasileiro – considerando todas as divisões e participações. Os gols da vitória aconteceram nos dois períodos: Gilsinho e Marllon marcaram no primeiro tempo; Hiroshi deixou o dele pelo Tupi. Na segunda etapa, o meia voltou a marcar assim como Marcos Serrato. Do lado rubro-negro Luiz Fernando, Jorginho e Matheus Carvalho deram números finais a partida: 5×3

O campeão brasileiro da segunda divisão volta a campo no próximo sábado (19), fora de casa, às 17h30. O adversário será o rebaixado Sampaio Corrêa no Castelão. Já o Tupi, que com o revés para o Atlético confirmou oficialmente que irá participar da Série C em 2017, recebe o Náutico – que luta por uma vaga no G4.

Mais uma estrela

Em 1971 o Atlético celebrou o título do Torneio Integração Nacional. 19 anos depois foi a vez do clube rubro-negro levantar o caneco da Série C do Campeonato Brasileiro. Feito que foi realizado novamente em 2008 com Márcio, Gil, Michel, Juninho e companhia. Agora, o dia 12 de novembro de 2016 entrou para história do Dragão após a confirmação da conquista de uma inédita estrela: Campeonato Brasileiro Série B.

A pintura

O Atlético começou o jogo como está acostumado: controlou o meio-campo e deixou o adversário jogar. Atento as jogadas do rival, o time rubro-negro priorizou os contra-ataques e na primeira oportunidade clara de gol a bola entrou. Jorginho, Magno Cruz e Gilsinho fizeram bela trama de passes e a bola terminou com chute bateu cruzado do atacante rubro-negro. Rafael Santos apenas viu a bola entrar e balançar as redes do Galo.

Ousadia e pressão

Se o Atlético começou o duelo precisando de uma vitória para se tornar o grande campeão da Série B, o Tupi buscava se manter na competição na próxima temporada. Virtualmente rebaixado, o time alvinegro começou a partida a mil. Os dez primeiros minutos de jogo foram de total pressão ofensiva do Tupi, que teve ao menos duas oportunidades de abrir o placar com o meia Hiroshi. O ímpeto ofensivo foi recompensado aos 14 minutos, após o tento marcado por Gilsinho. Novamente Hiroshi apareceu, dessa vez Kléver nada pôde fazer e empatou para o Galo.

O melhor: Kléver

Dois fatores justificam o Atlético ter terminado a primeira etapa na frente. Aos 42 minutos, após escanteio cobrado por Gilsinho, Marllon cabeceou e colocou o Dragão em vantagem. O segundo motivo foram as diversas defesas do goleiro Kléver. Aos menos em três oportunidades, o arqueiro parou os arremates do Tupi.

Chuva? De gols!

A etapa decisiva começou com os dois times buscando o gol a todo instante. E os primeiros 22 minutos comprovam a postura ofensiva de Atlético e Tupi. Entre 11 e 16 minutos o Tupi deixou a torcida atleticana em silêncio. Primeiro com Marcos Serrato, que aproveitou a sobra da disputa entre Jonathan e Marllon para estufar as redes do goleiro Kléver. Logo em seguida, Henrique cruzou da direita e a bola foi na testa de Hiroshi, para colocar o time mineiro na frente: 3 a 2.

Nada que um intervalo de 19 minutos não resolvesse. Aos 22 minutos do segundo tempo Magno foi lançado em velocidade e passou para Alison, que furou, no entanto, a bola sobrou para Luiz Fernando e ele tocou para o fundo do gol – foi o quinto gol, de sete gols marcados, que o meia marcou saindo da reserva.

Aos 33 minutos Luiz Fernando apareceu novamente para deixar Magno Cruz na cara do gol. O meio-campista acabou perdendo o tempo da bola, mas ainda sim conseguiu rolar para Jorginho. O meia, que entrou na história por marcar o primeiro gol do ‘novo’ Olímpico, bateu cruzado e fez o tento que poderia ser do título. Poderia porque aos 41 minutos, Matheus Carvalho marcou o quinto gol do Atlético na partida: Silva chutou, a bola ia entrando, mas o atacante rubro-negro tocou na bola antes de cruzar a linha. Aí só restou gritar: É CAMPEÃO! 

Ficha técnica

Atlético 5×3 Tupi
Data: 12/11/2016
Horário: 19h30
Local: Estádio Olímpico, Goiânia (GO)

Árbitro: Luiz César de Oliveira Magalhães (CE)
Assistentes: Marcione Mardonio da Silva (CE) e Armando Lopes de Sousa (CE)
Quarto árbitro: Léo Simão Holanda (CE)

Gols: Gilsinho, aos 14’ 1T, Marllon, aos 42’ 1T, Luiz Fernando, aos 22’ 2T, Jorginho, aos 34’ 2T e Matheus Carvalho, aos 41’ do 2T | Hiroshi, aos 28’ 1T e 16’ 2T, Marcos Serrato, aos 11’ 2T. 

Cartões amarelos: Henrique, Recife e Marcos Serrato (TFC) | Jorginho e Magno Cruz (ACG)

Público pagante: 11.580
Renda: R$ 183.190,00

ATLÉTICO: Kléver; Matheus Ribeiro, Marllon, Ricardo Silva e Romário; Bruno Barra, Michel, Magno Cruz, Jorginho (Silva) e Gilsinho (Luiz Fernando); Alisson (Matheus Carvalho). Técnico: Marcelo Cabo.

TUPI: Rafael Santos; Henrique, Gabriel Santos, Bruno Costa e Luiz Paulo; Recife (Vinícius Kiss), Renan, Jonathan, Marcos Serrato e Hiroshi (Sávio); Giancarlo (Rubens). Técnico: Júlio Cirico.

TV730: Confira como foi o jogo que deu ao Atlético o maior título de sua história, na narração de Edson Rodrigues:

https://www.youtube.com/watch?v=ovQRuTVJDgU