O futebol brasileiro ainda não tem previsão de retorno, tanto nas competições regionais quanto nas nacionais, porém a Ponte Preta já começa a se preparar para quando a bola voltar a rolar. O tradicional clube de Campinas, que até a paralisação do Campeonato Paulista se encontrava em posição desconfortável no torneio, assinou pré-contratos com cinco jogadores, inclusive alguns velhos conhecidos do futebol goiano.
Se tratam do lateral-esquerdo Ernandes, ex-Atlético Goianiense e Goiás, e do volante Neto Moura, ex-Vila Nova. Ambos tinham contrato com o Mirassol até o final deste mês, assim como o experiente meia Camilo, ex-Chapecoense, Internacional e Botafogo, que também acertou com a Ponte Preta. Além do trio do clube do sudeste paulista, também assinaram com a Macaca os zagueiros Rayan, da Ferroviária, e Luizão, do Santo André.
Enquanto Neto Moura teve passagem aquém da expectativa na temporada passada no Vila Nova, tido como das soluções para o meio-campo da equipe, mas que rescindiu seu contrato em agosto, Ernandes teve maior destaque. Com o Atlético, foram 87 jogos em três temporadas, entre 2011 e 2013. Pelo Goiás, o lateral-esquerdo participou da campanha do acesso à Série A em 2018, com 31 partidas disputadas.
Ernandes, inclusive, protagonizou uma briga na justiça entre Goiás e Ponte Preta naquele ano. O jogador, que hoje tem 32 anos, foi denunciado pelo clube paulista por um problema de documentação – sua data de nascimento real, 11 de novembro de 1985, estava registrada de forma errada no cadastro do Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que apontava o atleta dois anos mais jovem.
A denúncia da equipe de Campinas pedia a perda de pontos dos esmeraldinos, o que levaria a Ponte a herdar a vaga na elite do futebol brasileiro em 2019, já que terminou a Série B de 2018 na quinta posição. O caso chegou a ser arquivado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que posteriormente puniu Ernandes por 180 dias, além de uma multa de R$ 5 mil por falsificação de documentos.
Lanterna do Grupo A da Série A1 do Campeonato Paulista, com sete pontos em 10 jogos, a Ponte Preta também tem a pior campanha entre os 16 times que disputam a primeira divisão da competição estadual. A Federação Paulista de Futebol (FPF) já declarou que o torneio será resolvido em campo e aguarda o novo decreto do Governo de São Paulo, marcado para o dia 8 de maio.
O Paulistão, assim como o Campeonato Goiano, foi paralisado na segunda semana de março e ainda tem mais duas rodadas da primeira fase. A FPF pretende manter o formato original, com as seis datas restantes. A Ponte Preta pode não contar com seus novos reforços no torneio regional, uma vez que os contratos antigos dos jogadores podem ser estendidos pelos seus clubes anteriores até a conclusão da competição.
