A voz do capitão Amaral na última sexta-feira já indicava o caminho: “vamos tentar surpreender logo no começo”, dizia o jogador sobre o duelo contra o Figueirense. E assim foi. Com um ímpeto impressionante nos primeiros cinco minutos, o Goiás abriu o placar logo aos quatro e durante os 86 restantes, tratou de administrar e aguardar o apito final, que decretou a vitória esmeraldino por 1 a 0 no Orlando Scarpelli.

O Jogo

A ordem parecia bem clara: pressionar nos primeiros minutos, o quanto fosse, como se estivesse em casa, para sair na frente do marcador. Tentando seguir isso, logo no primeiro minuto, Thiago Mendes chutou cruzado e Danilo não conseguiu alcançar para estufar a rede. O lance assustou os donos da casa, que sofreram mais ainda aos quatro minutos. Em cobrança de falta na direita, David cobrou forte, a zaga do Figueira parou e Jackson apareceu para testar firme e abrir o placar.

O gol imediato deu uma tranquilidade e tanto para os esmeraldinos, que passaram a jogar com inteligência, administrando o resultado o quanto podia. A troca de passe era a maior arma do Goiás, que deixou o jogo morno. Quente mesmo ficou a cabeça de Ricardo Drubscky quando David, um dos homens que fazem o alicerce do meio-campo, sentiu uma lesão muscular e teve de ser substituído por Rodrigo.

Foi o próprio Rodrigo que errou saída de bola aos 31min, mas a bola que sobraria para Ricardo Bueno na cara do gol foi cortada por Edson de forma arrojada. O Goiás, até então parado no meio-campo, despontou um bom ataque aos 37min, quando Thiago Mendes foi na linha de fundo e cruzou para trás, Ramon chutou forte, mas Tiago Volpi agarrou. Aos 40, o time catarinense teve a melhor chance: Giovanni Augusto rolou e Ricardo Bueno, sozinho, bateu rasteiro para grande defesa de Edson.

2º tempo

O goleiro Edson, que deixou o gramado no 1º tempo reclamando de tontura, voltou normalmente para o 2º tempo e foi um dos nomes da partida. O Figueira, com a entrada de Dudu no lugar de Everaldo, foi bem mais perigoso e pressionou o quanto pôde. Aos sete minutos, até chegou a marcar, mas o lance foi anulado. Em passe de Giovanni Augusto, a bola bateu em Thiago Mendes e caiu para Dudu, em posição de impedimento, driblar Edson e fazer o gol. Polêmico.

Se antes o Goiás comandava as ações e trocava passes, a postura esmeraldina começou a ser “defesa a todo custo”. E cada vez mais os catarinenses gostavam do jogo. Aos 18min, o Figueira quase empatou novamente com Dudu, mas Edson, bem posicionado, fez boa defesa. Aos 29, foi a vez de Marco Antônio tentar de longe, mas a boa saiu à direita, assustando Edson. Aos 31, outra vez de longe, Ricardo Bueno também assustou com chute forte e alto, à direita.

Cansado de só ficar na defesa, Drubscky tentou opções novas de ataque, no caso o jovem Erik e o meia Esquerdinha. Aos 40, Erik, que fez o gol do empate no meio de semana, quase definiu a partida, mas o chute subiu demais. O Figueira não desistiu até o fim e aos 44 teve a última chance, em bola parada, quando Marco Antônio cobrou colocado e quase acertou o angulo direito.

FICHA TÉCNICA:
FIGUEIRENSE 0 X 1 GOIÁS

Estádio: Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC)
Data/hora: 25/05/2014 – 16h (de Brasília)
Árbitro: Niélson Nogueira Dias (PE)
Auxiliares: Fabiano da Silva Ramires (ES) e Ricardo Bezerra Chianca (PE)

Renda/público: R$58.940,00/ 4.729 pagantes
Cartões amarelos: Marquinhos (FIG); Thiago Mendes e Alex Alves (GEC)

GOLS: Jackson 4’ 1T (0-1)

FIGUEIRENSE: Tiago Volpi; Leandro Silva, Marquinhos, Thiago Heleno (Jefferson) e Guilherme Lazaroni (Jean Carlos); Paulo Roberto, Luan, Marco Antônio e Giovanni Augusto; Everaldo (Dudu) e Ricardo Beuno. Técnico: Guto Ferreira

GOIÁS: Edson; Thiago Mendes, Jackson, Alex Alves e Juliano; Amaral, David (Rodrigo), Ramon (Esquerdinha), Liniker (Erik) e Tiago Real; Danilo. Técnico: Ricardo Drubscky