A Seleção Brasileira tem sido impecável desde que Tite a assumiu. São seis vitórias em seis jogos disputados, além de 17 gols marcados, uma média de quase três por partida. Os números do ataque são excepcionais, mas se tem um setor que vem chamando a atenção é o defensivo, melhor das eliminatórias com apenas nove gols sofridos.
Nos seis jogos da era Tite, o Brasil sofreu apenas um gol, que foi marcado contra, por Marquinhos diante da Colômbia. A média de 0,16 por partida também pode, certamente, ser creditada ao goleiro Alisson e a seu preparador.
Cláudio Taffarel, campeão mundial em 94, é treinador de goleiros da Seleção e tem ajudado o arqueiro da Roma a evoluir e conquistar tais números expressivos com a canarinho. Contudo, para o tetracampeão do mundo, o fato que mais elevou a qualidade de Alisson e o tornou um goleiro ‘moderno’ foi a transferência para o futebol italiano.
“A Itália está fazendo bem para ele. Tem jogado muito bem com os pés, evoluído nesse quesito, que eu acho muito importante para goleiro hoje em dia e principalmente para a seleção brasileira. O Brasil não precisa e nem deve rifar a bola. A Seleção tem que sair jogando, tem qualidade com seus zagueiros, com o meio-campo. Ele (Alisson) tem feito parte dessa nova maneira de jogar, que acho fundamental”, afirma.
Com 27 pontos, o Brasil disparou na liderança das eliminatórias, com quatro de vantagem para o vice-líder Uruguai. Além disso, abriu oito pontos para a Argentina, primeira seleção fora da zona de classificação direta para a Copa da Rússia. Apesar disso, Taffarel não crava a classificação para o Mundial de 2018.
“Ainda não. Queria poder falar que sim, mas ainda não. Falta um pouquinho, mas acho que esse pouquinho será trabalhado com inteligência, jogo após jogo. Temos muito a crescer, a melhorar, e a equipe sabe disso. Todo mundo está com os pés no chão, e isso é importante”, opina.