Se esperava muito da Espanha nessa Copa das Confederações, mas o cartão de visitas da Fúria foi além da expectativa. Já a apresentação uruguaia pode ser daquelas consideradas pífias. O resultado não poderia ser outra: vitória imponente da Espanha por 2 a 0, e só não foi mais porque Iniesta e companhia tiraram o pé na etapa final. Para se ter uma ideia da superioridade, a Espanha chegou a ter 86% de posse de bola, e encerrou o jogo com 73%.

Os gols espanhóis foram marcados por Pedro, com desvio de Lugano, e por Soldado. A Espanha lidera o grupo B com três pontos e agora vai encarar o Taiti, na próxima quinta-feira, às 16h, no Maracanã. Já o Uruguai, lanterna do grupo, fará o próximo jogo contra a Nigéria, também na quinta-feira, às 19h, na Fonte Nova, em Salvador.

O Jogo

Foi um massacre espanhol nos primeiros minutos, daqueles que não se assiste todo dia em uma partida de futebol. Foram 25 minutos intensos e de muita posse de bola, que chegou a ser de 86% em prol dos espanhóis. Em chances, isso se traduziu em três oportunidades, uma delas fatal. Aos nove minutos, Jordi Alba tocou, Iniesta fez o corta-luz e Fabregas teve tempo de dominar e disparar, da entrada da área, mas a bola explodiu na trave direita.

Aos 16, o próprio Iniesta tentou, da entrada da área, em chute cruzado, mas Muslera defendeu em dois tempos. Só que a trave e o goleiro não salvaram o Uruguai aos 20 minutos. Após cobrança de escanteio, a bola sobrou e Pedro, de longe, disparou uma bomba, a bola desviou em Lugano e enganou Muslera, morrendo nas redes. A Fúria continuou em cima e aos 26, quase ampliou em falta cobrada por Xavi, que passou perto

Acuados durante todo o tempo, os uruguaios só tiveram uma chance real aos 28, quando em bola alçada na área, Cavani desviou de leve, mas Casillas estava bem atento. Mostrando a superioridade, os espanhóis jogavam em uma tranquilidade assustadora, e assim, chegaram ao segundo gol. Aos 31, Fabregas, livre de marcação, rolou no meio da defesa para Soldado, que bateu no alto, com, força, sem chance para o goleiro.

Não satisfeitos com o placar e com o massacre em campo, a Espanha queria mais e mais, e o Uruguai sonhava com a apito do intervalo. Antes disso, a Fúria teve mais duas chances: aos 37, em escanteio na esquerda, Pique subiu mais que todo mundo e cabeceou, mas Muslera fez grande defesa, e aos 43, Sergio Ramos foi quem subiu e quase fez.

2º tempo

O domínio na etapa final foi reduzido, mesmo porque os espanhóis tiraram o pé, e até por isso, o nível da partida também caiu. A Espanha chegou a tentar criar boas oportunidades, enquanto o Uruguai sofria com a noite pouco inspirada de Suaréz e Cavani. Aos cinco minutos, Pedro cruzou rasteiro e Soldado chegou atrasado, por pouco não fazendo o seu segundo no confronto. Aos 10, Iniesta fez bela jogada e chutou de esquerda, mas ela passou à esquerda.

Aos 18, foi a vez de Pedro tentar marcar pela segunda vez na peleja, mas a bola saiu novamente. Realizando várias mudanças, como as entradas de Javi Martinez e Cazorla, a Espanha travou o jogo, mantendo a posse de bola. Na Celeste, nem as entradas de Lodeiro e Forlán resolveram a situação, apenas suavizaram. Aos 43min da etapa final, Suárez cobrou falta com perfeição e diminuiu o placar, mas não havia mais tempo para o empate.