As coincidências foram muitas: o time vinha de derrota em casa, criticado, jogava no Nordeste, teve de atuar com 10 atletas por um bom tempo e se superar. Com tudo isso e um pouco mais, o Atlético conseguiu jantar “sopa de letrinhas” mais uma vez nessa Série B. Em Arapiraca, o time rubro-negro venceu o ASA-AL por 1 a 0, com um golaço de letra do zagueiro Diego Giaretta, e se reencontrou com o caminho das vitórias na base da vontade.

O Jogo

Os primeiros cinco minutos foram sofridos para o Dragão. O ASA tentou envolver a defesa rubro-negra de todas as formas e por duas oportunidades, quase não abriu o placar. Aos três, Osmar, ex-Vila, chutou forte, a bola desviou em Léo Gamalho e Márcio, no contrapé, conseguiu pular e espalmar para escanteio. Na cobrança, em cabeçada do próprio Léo Gamalho, Márcio mais uma vez fez boa defesa e impediu o gol do adversário.

O ASA se manteve ditando o ritmo de jogo e assustava nas jogadas laterais do atacante Didira, que mostrava boa habilidade. O Atlético só conseguiu sair mais para o ataque depois dos 20 minutos, quando começou a atacar pelo lado direito com Rafael Cruz. Aos 26, o lateral rubro-negro cruzou na medida para Ricardo Jesus, que chutou de primeira, mas a bola parou na marcação e voltou para o próprio Ricardo Jesus, que sem marcação e sem goleiro, conseguiu chutar para fora de forma inacreditável.

Aos 30 minutos, o camisa 9 do Dragão teve mais uma chance de ouro: em passe de Marino, Ricardo Jesus ganhou no corpo do zagueiro e chutou fraco de esquerda, para defesa de Gílson. O Atlético estava cada vez mais com o gol maduro. Aos 33, Rafael Cruz arriscou de longe e Gílson se esticou todo para colocar pra escanteio. Na cobrança, Ernandes fez boa jogada e cruzou para Diego Giaretta, que, de letra, marcou um golaço, o suficiente para desanimar os alagoanos.

2º tempo

A derrota parcial fez o técnico Leandro Campos apostar no artilheiro Lúcio Maranhão, que apesar da má fase, era um perigo a mais. As coisas começaram a melhorar para os alagoanos aos oito minutos, quando o garoto Mahatma Gandhi cortou um cruzamento com o braço, de forma intencional, e como já tinha a amarelo, tomou o vermelho e deixou o Dragão com 10. Foi a chance que o ASA queria para se lançar ao ataque.

Aos 11, Didira chutou, Márcio espalmou e na sobra, dividiu com Léo Gamalho, que caiu pedindo pênalti, mas ganhou apenas o escanteio. Aos 14, em troca de passes de cabeça na área do Dragão, Didira finalizou à esquerda do gol, com Márcio já batido. A pressão era tão grande que fez René Simões mexer no time, tirando o atacante Diogo Campos e colocando Pituca para reforçar a marcação. Por alguns minutos, a mudança surtiu efeito, mas o ASA ainda assustava.

Aos 28 minutos, por exemplo, Lúcio Maranhão criou a jogada e serviu o lateral Chiquinho, ex-Atlético, chutar forte na saída de Márcio, e por sorte do Atlético, a bola explodiu no travessão. Aos 32, foi a vez de Glaybson tentar, também de esquerda, mas o chute passou raspando a trave esquerda. O árbitro ainda foi “inimigo” do Atlético e deu cinco minutos de acréscimo. Foi um sufoco, uma blitz, mas o Atlético se segurou e assegurou a vitória.