Sem jogos oficiais há mais de dois meses em Goiás, assim como jogadores e demais funcionários envolvidos nos clubes de futebol, os árbitros e assistentes também foram bastante afetados com a paralisação e suspensão dos campeonatos.
Em entrevista à Sagres 730, o presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Goiana de Futebol (FGF), Júlio César Motta, falou acerca do trabalho desenvolvido pelos profissionais da arbitragem durante o período de inatividade e o apoio oferecido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
De acordo com Motta, “a CBF já disponibilizou uma parcela de uma ajuda, que na realidade é um adiantamento de taxa, que corresponde ao maior valor que o árbitro trabalhou no último campeonato. Ou seja, se trabalhou na Série A, ele vai receber a ajuda referente à Série A. Agora foi disponibilizado pela CBF já a segunda parcela dessa ajuda. No campo técnico, psicológico, mental, físico e até social também está sendo dado um apoio”.
Enquanto os árbitros do quadro da CBF conseguem se manter e outros profissionais também têm outro emprego, “descobrimos alguns que tiveram problemas em outra atividade, que ou perdeu o emprego ou sua atividade foi suspensa. A federação, juntamente com o sindicato, que tem dado um apoio muito grande, criou um comitê social. Esse comitê identifica aqueles árbitros que têm algum problema grave de ordem financeira, principalmente nas questões básicas, e tem intervindo na coordenação com doações”.
Se os clubes lutam para ter a liberação do retorno aos treinos, os árbitros também não estão parados. “temos toda semana, às vezes duas ou até três vezes por semana, o vídeo teste, que normalmente cada vídeo teste são dez vídeos, às vezes de um tema específico, às vezes genéricos. Ou seja, vídeos de impedimentos e faltas, em que ele tem quer ver o vídeo e dizer qual a medida que deve ser tomada. Nós pegamos esse mesmo vídeo teste, que é feito para os árbitros do quadro nacional, e replicamos para o quadro local”.
“Do ponto de vista físico, temos monitorado o que cada um tem feito, porque eles preenchem uma planilha e encaminham para o professor Gustavo (responsável pela preparação física da Comissão de Arbitragem). Quando tivermos a grande notícia do retorno do futebol, vamos ter que ‘aquecer as turbinas’ por pelo menos uma semana e fazer um intensivo para que o pessoal volte em um ritmo aceitável”, completou.