A operação jeitinho, do ministério público, que apura um suposto esquema de venda de licenças e pagamento de propinas na agência municipal de meio ambiente, AMMA, teve repercussões políticas. A câmara municipal de vereadores vai abrir uma comissão especial de inquérito, CEI, para apurar a participação de mais parlamentares no processo, além dos citados Paulo Borges (PMDB), e Wellington Peixoto (PSB).
A iniciativa foi de Elias Vaz (PSOL) que afirma que o próprio Paulo Borges quer assinar para que a comissão seja criada. “Já fui informado que ele mesmo assinaria. O Wellington Peixoto também assinou. Já temos assinaturas suficientes, mas vamos dar a oportunidade do Paulo Borges também assinar,” diz. O vereador coloca em cheque as últimas licenças ambientais expedidas pela AMMA e pede fiscalização da casa.
Elias Vaz ainda busca mais assinaturas para que a comissão de inquérito seja instalada nesta quarta-feira.
Além da CEI, o conselho de ética da casa já foi acionado para que um processo administrativo seja aberto para investigar a participação de parlamentares no suposto esquema da AMMA. A presidente do conselho, Célia Valadão (PMDB) explica que ainda não tem informações consistentes sobre o trabalho. “Eu não sei te dizer exatamente, mas esse processo de avaliação já esteja acontecendo naturalmente. O processo é bem dinâmico. Nós temos que esperar informações do Ministério Público porque é impossível avaliar alguma coisa sem ter no que embasar. Nós ainda não temos nenhum documento,” explica.
A comissão de meio ambiente da Câmara também vai abrir um procedimento interno para apurar as supostas irregularidades na AMMA. Quem explica é o presidente da comissão, vereador Felisberto Tavares (PT). “Nós tivemos 15 assinaturas foi encaminhado para o plenário, pra ver se será apreciado Nós queremos a formação de uma comissão especial para que façamos um diagnóstico para saber o que está acontecendo na AMMA,” revela.