Professores, representantes da prefeitura de Goiânia e uma comissão de dez vereadores se reuniram na manhã de hoje (10) para discutirem as negociações em relação à greve na rede municipal de ensino, que começou no dia 20 de maio.

Nessa reunião ficou decidido que será criada uma comissão de negociação com representantes dos grevistas, representantes da prefeitura, que será representada pelo secretário do Governo, Osmar Magalhães, e a secretária municipal de Educação, Márcia Carvalho, além dp controlador geral do município, Andrey Azeredo.

A comissão terá também vereadores indicados pela Câmara. Serão seis, incluindo o presidente da casa, Francisco Júnior, o presidente da Comissão de Educação, Daniel Vilela, o relator do projeto que aumenta o salário dos professores em Goiânia na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Virmondes cruvinel, além de Elias Vaz, Fábio Tokarsy, Cidinha Siqueira.

Na reunião de hoje ficou decidido por fazer uma outra reunião amanhã, em que as três partes apresentariam propostas e contra-propostas para a questão do reajuste do salário dos servidores. A prefeitura acredita que a proposta encaminhada à Câmara é a úniva viável e que está dentro da lei, e analisou a reunião de hoje como mais uma forma de esclarecer que a proposta que encaminhada está dentro do piso.

AUDIÊNCIA PÚBLICA

Na tarde de hoje foi realizada uma audiência pública na Câmara de vereadores para debater a greve solicitada pelo vereador Elias Vaz. Segundo a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores na Educação em Goiás (Sintego), Iêda Leal, a audiência foi proveitosa.

“Foi muito boa. Nós pudemos falar para os vereadores sobre a nossa situação, além de esclarecer que não vamos retornar às escolas sem as nossas reividincações aceitas”, garantiu Iêda. A presidenta da Sintego lamentou a ausência da secretária Márcia Carvalho, e de nenhum representante da prefeitura.  

Os professores pedem o cumprimento da Lei Federal 11.738/08, que estipula o piso nacional em R$ 1.312,85 para a carga horária de 30 horas semanais. O projeto de lei que tramita na câmara concede piso salarial de R$ 1.024 para a mesma carga horária. Segundo Iêda, os grevistas continuarão em greve caso a prefeitura não altere a proposta.

APARECIDA DE GOIÂNIA

Os professores de Aparecida de Goiânia também entraram em greve ontem. Eles querem negociar, além do piso salarial, a redução do pedido de licença, que é de 10 em 10 anos para que seja de 5 em 5 anos.