O pessoal aqui de Goiânia e Região Metropolitana está sofrendo com o calor intenso. Agora imagina quem ainda depende do transporte público!
A população tem aumentado nas grandes cidades e isso requer soluções para uma vida melhor. Neste cenário, o transporte coletivo figura entre um dos itens mais urgentes.
Desde o início da pandemia, o transporte público tem sido o centro de uma grande polêmica. Deveria ter parado nos momentos mais críticos da pandemia? Deveria ter aumentado o número de veículos para não aglomerar passageiros? Deveria receber um subsídio do governo para melhorar sua estrutura de atendimento?
Além disso, existem as questões que se arrastam com as décadas. É possível termos um transporte público de qualidade? Cabe metrô em Goiânia? E para falar sobre isso, conversei com o presidente da CMTC, a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos, Tarcísio Abreu.
Creio que deva ser uma confusão pra muita gente essa salada de siglas existentes quando se fala de transporte público, e o Tarcísio explicou o que elas significam. Pra começar, pela Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC), como o nome já diz, é o órgão que delibera, ou seja, que define as ações. Por sua vez, a Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) é o órgão gestor, que executa o que foi deliberado pela CDTC e se articula com a RMTC, que é o grupo que engloba 19 municípios da Região Metropolitana de Goiânia.
A CMTC foi criada durante a reestruturação de todo o sistema de transporte coletivo da Região Metropolitana, em 1999, a partir de um projeto de lei que estabeleceu as competências e responsabilidades de cada ator envolvido. Atualmente, Goiânia trabalha no sistema chamado de “tronco alimentado”, e que tem o Eixo Anhanguera como espinha dorsal. São linhas alimentadoras que vêm dos bairros e que se encontram no Eixão. Isso faz de Goiânia uma referência na integração do transporte metropolitano.
A CMTC é o órgão responsável por receber reclamações e solicitações dos usuários. Elas podem ser feitas pelo site www.cmtcrmg.com.br e pelo Instagram da CMTC.
A tarifa única é uma das questões que movimentam o debate sobre o transporte público. Tarcísio defende uma tarifa menor para curtas distâncias. Conforme o presidente da CMTC, há estudos em andamento que apontam queda da demanda em mais de 40% desde 2013. “Isso requer uma grande transformação do sistema”, e cita o City Bus como um atrativo dentro deste novo sistema, e a meia tarifa para distâncias de até cinco quilômetros.
Os subsídios estatais também podem dar condições de uma tarifa menor e uma qualidade maior. Isso possibilitaria investimentos e a atração de novos usuários. Existe uma tarifa técnica, que é o valor necessário para o custeio do sistema, que se fosse atualizada ficaria em torno de R$ 6,90. Por outro lado, existe a tarifa do usuário, que é o valor pago por cada passagem do sistema.
A CMTC está conversando com os governos estadual e municipais para mostrar a situação e as vantagens de se colocar o modelo de subsídios em prática. Isso poderia viabilizar o bilhete único, possibilitando conexões das linhas de ônibus fora dos terminais, por exemplo.
FPC: Uma infância bem vivida e seus efeitos na vida adulta
Semana que vem vamos comemorar o Dia das Crianças. Estamos proporcionando uma infância plena e saudável a nossos filhos e netos? Qual o impacto que uma bela infância pode ter lá na frente, durante a vida adulta de uma pessoa? No quadro Faz Parte do Cenário desta semana, a psicanalista, jurista e educadora Carolina Parrode, especialista em Clínica e Diagnóstico dos Problemas do Desenvolvimento da Infância e Adolescência, fala um pouco sobre este assunto. Vale a pena conferir.
O programa desta semana esteve alinhado com o ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis.
Programa completo
Temas abordados
– Diferenças entre CMTC, CDTC e RMTC
– Eixo Anhanguera como espinha dorsal do transporte metropolitano
– A quem reclamar do transporte público?
– Subsídios podem gerar um salto de qualidade no sistema de transporte coletivo
– FPC: Uma infância bem vivida e seus efeitos na vida adulta